quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Japão tem lições para dar sobre o mercado da longevidade

Japão tem lições para dar sobre o mercado da longevidade

Somente 15% das empresas já desenvolveram planos que atendam ao crescente número de idosos

Por Mariza Tavares, Rio de Janeiro
14/08/2018 06h00 Atualizado 14/08/2018 06h00
Vamos aos números da Global Coalition on Aging, entidade voltada para pensar e propor soluções para os desafios que vêm a reboque do envelhecimento da população mundial. 

Em 2050, haverá 2 bilhões de idosos no planeta, com um poder de compra de 15 trilhões de dólares, e somente 15% das empresas desenvolveram planos que atendam a esse contingente populacional. 

O mundo parece querer ignorar que a faixa etária acima de 80 é a que mais crescerá nas próximas décadas e que chegar aos 100 anos se tornará rotineiro. O que vemos é um muro de lamentações sobre como lidar com o “problema”, quando, na verdade, o que temos é que nos adaptar e criar condições para atender a esse novo perfil planetário.
População do Japão envelhece num ritmo superior ao de outros países: em 2065, os idosos representarão 40% do total (Foto: By Jordi Sanchez, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=53670151)
Um exemplo sobre a miopia do mercado, e essa sem relação com a longevidade: segundo a revista “Fast Company”, 68% das mulheres usam manequim 44 ou acima dessa numeração. Então por que as marcas ainda insistem em não fabricar roupas para a maioria, que fica restrita a um número restrito de lojas e modelos? Quem se aventurou nesse segmento entendeu que a ditadura da moda não é inclusiva, nem democrática. O Japão, cuja população envelhece num ritmo superior ao de outros países – em 2065, os idosos representarão 40% do total – já mudou as lentes para enxergar a questão. A revista “The Economist” recentemente registrou algumas iniciativas, como a de uma cadeia de academias de ginástica e musculação que fidelizou a clientela mais velha com descontos: hoje, 30% dos frequentadores passaram dos 60.
A gigante de cosméticos Shisheido abraçou a causa por razões bem práticas: esses clientes vivem mais, se mantêm ativos e têm recursos. Tem inclusive uma equipe de maquiadoras/esteticistas que ensina os truques de beleza para essa faixa etária. 

O ramo das creches para os pequenos está se adaptando para construir centros de convivência e as empresas de robótica desenvolvem soluções para garantir a independência dos idosos dentro e fora de casa. Uma outra lição que os japoneses aprenderam e que deveria ser seguida à risca: para fisgar esses consumidores, não se deve tratá-los como velhinhos. A maioria mantém hábitos que tinha décadas antes, com variações e adaptações de acordo com as limitações impostas pela idade.
Esse blog tratou do tema ao mostrar o trabalho do AgeLab, ligado ao MIT (Massachusetts Institute of Technology). Seu fundador e diretor, Joseph Coughlin, é um ativista da longevidade e prega uma cartilha com cinco pontos básicos

  • 1º: o envelhecimento não é um problema médico a ser solucionado, e sim um estágio da vida a ser reinventado. 

  • 2º: o mercado ainda oferece produtos pasteurizados e esteticamente inaceitáveis, quando os designers deveriam procurar encantar o consumidor. 

  • 3º: o “carimbo” de velho afasta o público, porque está associado a fragilidade e decadência, por isso o produtos devem ser simples, convenientes e charmosos, características que não têm idade. 

  • 4º: nem sempre é o idoso que faz a compra, portanto os sites e pontos de venda deveriam focar também na faixa etária entre 40 e 50 anos, ampliando a informação disponível. 

  • 5º: a tecnologia tem que entender e respeitar o consumidor. De nada adianta um lançamento inovador cujo manejo e manutenção sejam complicados.


Fonte: G1

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Doze dicas de Tony Robbins, o papa do coach

Doze dicas de Tony Robbins, o papa do coach

Famosos, como a família Abravanel e a atriz Ellen Rocche foram conferir a palestra do americano nesta quinta

O coach no palco da SP Expo: apresentação para 10 000 pessoas (Divulgação/Veja SP)
Considerado o “papa do coach”, o americano Tony Robbins fez sua primeira apresentação na América Latina na quinta (9), no SP Expo, na região do Jabaquara. Não apenas por conta de seus 2,01 metros de altura, trata-se de um gigante na área: cuida de personalidades como Arnold Schwarzenegger e o ator Anthony Hopkins e seus livros já venderam mais de 35 milhões de exemplares no mundo inteiro.
O evento começou às 8h e terminou às 20h, com diversas palestras. A exposição de Tony foi a última. Ele entrou no palco por volta das 15h e, por quase quatro horas, atraiu a atenção de mais de 10 000 pessoas (que pagaram ingressos enter 1 722 e 5 562 reais).
Na área VIP, diversas personalidades apareceram por lá, como a família Abravanel. Patricia, aliás, foi a mestre de cerimônia. “Ele ensina que todos temos a responsabilidade pelos problemas que enfrentamos e só nós podemos mudá-los”, disse Renata Abravanel, a filha “número seis” de Silvio Santos (que não apareceu por lá). Na primeira fila, cantaram, dançaram e se empolgaram com todas as atividades propostas por Robbins.
Além das “mulheres do dono do SBT”, estiveram por lá a atriz Ellen Rocche, o ator Daniel Boaventura e a empresária Cris Arcangeli (que registrou praticamente toda a palestra em seu celular).
A seguir, as doze dicas ensinadas pelo coach:
  1. Manter uma energia “alta” é o principal mandamento. A forma com que você se move, impacta em como você se sente e sua interação com os outros. Vale a pena manter a postura ereta, o diafragma expandido. “Dessa forma, recebemos mais oxigênio, o organismo reage melhor, você se sente melhor e começa um ciclo positivo na sua vida”, ensina o coach. “Mexer o corpo faz você se sentir vivo”, completa.
  1. De dieta a investimentos, no fundo, as pessoas sabem o que precisam fazer para transformar a vida, mas acabam adiando seus planos. Isso ocorre por causa de um ciclo chamado “momentum”, que engloba crença/certeza, potencial, ação e resultados. Se transformar a crença, transforma-se tudo.
  1. A maioria de nós tem um potencial ilimitado, mas acaba usando nem 50% desse poder por falta de crença.
  1. Há duas forças que influenciam nossas decisões: o estado atual e um modelo de mundo. Pelo menos uma vez por dia, vale a pena visualizar o objetivo, sentir como se tivesse alcançado esse ideal. Vale qualquer um, de amoroso a profissional.
  1. Segundo Robbins, a vida é a intersecção entre seus medos e seus desejos. Se o seu medo diminui e o desejo aumenta, o cotidiano vai melhorar.
  1. Geralmente, as pessoas começam a viver quando encaram a morte de perto. Aí, percebem que deveriam ter feito aquela declaração de amor, tomado uma determinada decisão profissional, etc… É preciso parar de procrastinar e viver cada dia com a consciência de que tudo pode acabar de uma hora para outra.
  1. Todos costumamos viver presos em uma própria caixa de crenças, sem olhar para o outro. Empatia é fundamental para uma vida de sucesso.
  1. Normalmente, as pessoas costumam culpar os outros pelos seus problemas. É falta de tempo, dinheiro, energia, educação, chefe chato, político corrupto… A questão: a mudança sempre começa por você. É preciso encarar cada obstáculo como algo pessoal e não ficar paralisado e “jogar” a questão para os outros.
  1. Emoções são o recurso supremo. Precisamos zelar por nossa criatividade, compromisso, determinação, certeza, flexibilidade, conexão, compaixão e visão.
  1. Se você interage com o outro com raiva ou medo, receberá do outro raiva e medo. Se demonstra cuidado, afeto, certeza e empolgação, receberá também essas qualidades do interlocutor.
  1. Você releva se uma criança briga com você, certo? Não fica chateado, nem leva para o pessoal, normalmente. Por que então se abalar por xingamentos de adultos descontrolados? Deveríamos manter esse mesmo distanciamento quando qualquer pessoa nos agride.
  1. Sinta o seu coração, relembre suas melhores emoções e projete para o futuro. Todas as respostas que precisamos estão em nossa vivência, emoções, enfim, em nosso coração.