Hanami – Cerejeiras em Flor (2008)
Uma doença terminal. A esperança de realizar um sonho. Mais do que um filme sobre a efemeridade da vida, uma narrativa sensível sobre a descoberta de si mesmo através do outro. Uma lembrança de que mesmo na brevidade, há tempo para mudança.
Para Juliano Mion, em ‘Cineplayers‘, “Hanami – Cerejeiras em Flor, da diretora alemã Doris Dörrie, é um filme que aborda de maneira bastante sensível mas com bastante sobriedade a questão da finitude da vida, do aproveitar a existência frente à consciência da morte, dos valores fundamentais como o elo afetivo entre as pessoas e a onipresença da vida no mundo em objetos e detalhes.”
Título Original | Inglês: Kirschblüten | Cherry Blossoms
Direção: Doris Dörrie
Roteiro: Doris Dörrie
Prêmios e indicações: Prêmio de Cinema Alemão de Melhor Filme e outros 7 Prêmios e 8 Indicações
Trailer: Áudio em alemão (legendas em inglês)
A flor de cerejeira, chamada no Japão de ‘sakura’, encanta com suas delicadas pétalas e seu significado repleto de simbolismo, envolvendo o amor, a beleza, a renovação e a esperança.
Sua floração marca o fim do inverno e a chegada da primavera, início de um novo ciclo. Surgem os primeiros ventos quentes, nascem as primeiras folhas. É a época das flores, do acasalamento dos animais e o momento de iniciar o plantio.
Assim como o florescer da cerejeira é a mais brilhante manifestação de beleza na cultura japonesa, sua fragilidade, sendo espalhada facilmente pelo vento, mostra como a vida é passageira, lembrando que temos de viver o presente, aceitando o que a vida oferece, pois qualquer momento pode ser o último.
Complementarmente, a dança do Butoh – que surgiu no Japão pós-guerra e ganhou o mundo na década de 1970, funciona como uma importante analogia sobre a conexão do ser humano com o seu interior, uma lembrança de que tudo está em nós.
A dança (Butoh) não se ensina.Está dentro de cada um de nós.Primeiro tem que analisar sua vida;quando entender sua própria vivência,surgirá sua própria dança.— KAZUO OHNO (MESTRE DO BUTOH) —
Cerejeiras em flor e Butoh compõem uma metáfora única à transitoriedade da existência, às possibilidades de transformação e à verdadeira essência do ser humano: amor. Namastê!
Fonte: Refletindo com o cinema
Fonte: Refletindo com o cinema
Nosso objetivo é a autotranscendência.— SRI CHINMOY —
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