DUAS NOVAS ESTAÇÕES DO METRÔ DE SP VÃO MUDAR FLUXOS E LINHAS DA CIDADE
Publicado em 23/09/2018
por Folha de S. Paulo Online
São Paulo
A inauguração prevista ainda para este ano de duas novas estações do metrô de São Paulo vai modificar o fluxo de pessoas da cidade, esvaziar algumas linhas, encher outras, mexer com lotação de conexões e, principalmente, melhorar a vida de quem vive no extremo sul da cidade
(vídeo sobre as possíveis melhoras com as novas estações)
Um passageiro, por exemplo, poderá economizar mais de uma hora dentro do transporte público, a depender do deslocamento entre a casa e o emprego ou local de estudo.
As duas estações responsáveis por essa pequena revolução estão na linha 5-lilás e irão conectar o bairro do Capão Redondo, a 22 km do centro, às linhas 1-azul e 2-verde.
A estação Santa Cruz fará a conexão com a linha 1-azul, a mais antiga de São Paulo e que corta a cidade de norte a sul.
Já na estação Chácara Klabin, o passageiro da linha 5-lilás poderá fazer a transferência para a linha 2-verde, conhecida como a linha da avenida Paulista, que vai da Vila Madalena, na zona oeste, à Vila Prudente, na zona leste.
As duas novas estações ficam também na zona sul da cidade e fazem parte do último pacote de estações a serem entregues pelo governo do estado em uma linha que está em construção desde 1998 e deveria ter sido toda entregue em 2014.
"Com essas inaugurações, a gente vai montando uma rede de verdade, no sentido de que você tem diversas alternativas e cada um escolhe a que lhe for mais conveniente", diz Luiz Antônio Cortez, gerente de planejamento do Metrô, vinculado ao Governo do Estado de São Paulo.
Estima-se que, com a nova linha finalizada, 244 mil passageiros passarão a usar o sistema sobre trilhos da Grande São Paulo diariamente. Essas pessoas hoje usavam outros meios de locomoção, como ônibus e carros, e deverão migrar para os trilhos, segundo os cálculos do Metrô.
Com as novas estações, novos fluxos de pessoas serão criados. O acesso dos moradores dos bairros de Capão Redondo, Jardim São Luís e Santo Amaro, por exemplo, será facilitado aos bairros do centro e à avenida Paulista
Esse novo trajeto do metrô permitirá também a redução de passageiros na linha 9-esmeralda, da CPTM (sistema de trens), que anda paralela ao rio e à marginal Pinheiros, e na linha 4-amarela, no que é atualmente o caminho mais fácil do morador do extremo da zona sul à região central.
Esse caminho atual, porém, dá uma volta desnecessária e é cheio de baldeações, que costumam trazer transtornos e espera aos passageiros.
O caminho entre Capão Redondo e a Sé, atualmente, custa ao paulistano uma viagem com três baldeações e 1 hora e 18 minutos, no mínimo. Após a conexão da linha 5-lilás com as demais, esse trajeto terá apenas uma baldeação, e o tempo cairá para 50 minutos, estima o Metrô.
A facilidade de acesso a bairros mais centrais passou a ser um argumento para venda de imóveis no Capão Redondo, segundo o consultor Albert Hudson, 35, que trabalha em uma imobiliária ao lado da estação de metrô do bairro.
"Não consigo estimar o tamanho dessa mudança para o bairro, mas é óbvio que há uma valorização dos imóveis daqui", diz ele, que mora desde criança no extremo sul e diz que o metrô conectado é mais uma etapa na transformação que a região vem sofrendo nas últimas décadas. "Demorou para ficar pronto, mas agora parece que vai".
Haverá ganho de tempo na locomoção de moradores de outros bairros também. O percurso entre a estação Grajaú, no extremo sul da linha 9-esmeralda da CPTM, para a Vila Mariana, na linha 1-azul, cairá de 1 hora e 23 minutos para 50 minutos, segundo o Metrô.
O morador de Itaquera, na zona leste, deverá economizar 35 minutos para chegar a Moema, bairro nobre da zona sul.
Os novos fluxos ajudarão a desafogar as conturbadas baldeações nas estações Pinheiros e Paulista/Consolação.
A estação Pinheiros é a que deverá ter a maior alívio. Por lá, o paulistano enfrenta todos os dias filas enormes nas escadas rolantes entre os trens e o metrô. Pelas estimativas do Metrô, o número de passageiros passando por ali deverá cair de 31.296 para 19.640 (redução de 37%), por hora no pico da manhã.
Até mesmo o corredor de ônibus da avenida 9 de julho, desde Santo Amaro ao centro, deverá sentir a diminuição de passageiros. O mesmo deve ocorrer com os ônibus que percorrem hoje o eixo das avenidas Vereador José Diniz e Ibirapuera.
A diminuição dos passageiros poderá se refletir em mais conforto, caso os trens, metrôs e os ônibus mantenham a mesma oferta de viagens.
Por outro lado, a nova linha 5-lilás terá seu número de passageiros bastante aumentado, indo dos atuais 320 mil passageiros diários para até 850 mil.
Para que a lotação dos trens não fique ainda pior nesse ramal, deverá ser aumentada a frequência dos trens. Hoje, a espera por um trem demora cerca de 3 minutos na linha 5-lilás, pela manhã, segundo a concessionária Via Mobilidade (cujos donos são a CCR e o Grupo Ruas, os mesmos que operam a linha 4-amarela). A concessionária diz estimar reduzir os intervalos, conforme aumente a demanda da linha.
"Do jeito que está, a linha 5 já é lotada, pois vem gente de todo o lado, Jardim Ângela, Itapecerica da Serra pegar esse MetrĔ, analisa a cuidadora de idosos Valéria Viana, 24. "Nas outras linhas do Metrô, a gente espera 2 minutos. Aqui não, aqui demora muito".
Novas conexões deverão diminuir tempo entre estações
As linhas 1-azul e 2-verde também deverão ficar mais cheias com o passageiro que desistiu de dar a volta pelas linhas 9-esmeralda e 4-amarela para chegar às regiões mais centrais.
Outro ponto que deve ter aumento de público é a já lotada estação Sé. Durante o pico da manhã, o aumento deverá ser de 10% no número de pessoas, o que exigirá uma atenção do Metrô. Esse aumento de público deverá ocorrer por causa dos moradores da zona leste que, depois de saírem da linha 3-vermelha, poderão usar a linha 1-azul e depois a 5-lilás para chegar a bairros como Moema, Brooklin e Santo Amaro. Sem mostrar dados, o Metrô disse ser relevante o número de passageiros que fazem esse trajeto todos os dias.
Outro gargalo nas baldeações deverá ocorrer na estação Santo Amaro, que hoje já liga a linha 5-lilás aos trens da CPTM. Por ali, o movimento de passageiros funciona da seguinte maneira: pela manhã, os moradores da periferia da zona sul deixam a linha 5-lilás e embarcam no trem, com destino às empresas que ficam na marginal Pinheiros, ou para irem até o centro da cidade.
Já durante a tarde, o caminho é oposto. Já que quase todas as pessoas nessa conexão andam num mesmo sentido, o fluxo é facilitado. Com a linha 5-lilás inteira, a estação Santo Amaro deve receber passageiros dos dois sentidos ao mesmo tempo. Para absorver esse contingente, o estreito corredor entre as estações da CPTM e Metrô deverá ser ampliado. O prazo para que essa obra seja feita pela nova concessionária ViaMobilidade é até 2022.
O estudante Lander Pereira, 18, no Capão Redondo, onde vive
Zanone Fraissat/Folhapress
Um dos passageiros a se beneficiar com a inauguração da conexão da linha 5-lilás é o estudante Lander Pereira, 18. Lander cresceu durante as mudanças no bairro do Capão, numa geração cuja meta era um futuro mais ameno.
Com perspectiva de um ensino melhor, desde a 4ª série, a mãe já levava o filho para uma escola pública em Pinheiros, do lado de lá da ponte João Dias, que atravessa o rio Pinheiros e conecta o Capão a bairros mais centrais. O jovem cresceu enquanto via a construção da linha 5-lilás travada por suspeitas na licitação ou, depois da retomada das obras, com os corriqueiros atrasos.
Ele não é o único a ver a lentidão da construção. Ediene, sua madrinha passou os últimos anos fazendo diariamente o caminho entre o Capão Redondo e o shopping Ibirapuera de ônibus. Pelo meio do caminho, passava por duas obras atrasadas do Metrô, a linha 5-lilás e a 17-ouro do monotrilho (que deverá ligar Congonhas ao Morumbi).
Hoje, com o avanço da linha 5-lilás, ela já consegue trocar o ônibus pelo metrô. Ainda assim, a construção da linha 17 continua atrasada e sem prazo para entrega. Aos 18 anos, Lander estuda num cursinho pré-vestibular na região da Paulista para passar em medicina. Por isso, às vésperas dos principais vestibulares do país, cada minuto de seu dia é precioso. Seu tempo é basicamente dividido entre algumas tarefas domésticas, muito estudo, pouco sono e longas horas no transporte público.
O Metrô estima que a economia diária de Lander com as novas estações será de 42 minutos ao dia, entre ida às aulas e volta para casa. Lander diz que, assim que a linha for totalmente entregue, usará o tempo extra para estudar.
Lander Pereira, 18, na avenida Paulista, onde estuda; ele economizará 42 minutos por dia com novas estações
Zanone Fraissat/Folhapress
https://www1.folha.uol.com.br/cotidi...a-cidade.shtml
Fonte: http://www.gsnoticias.com.br/noticia...dar-fluxos-lin
Publicado em 23/09/2018
por Folha de S. Paulo Online
São Paulo
A inauguração prevista ainda para este ano de duas novas estações do metrô de São Paulo vai modificar o fluxo de pessoas da cidade, esvaziar algumas linhas, encher outras, mexer com lotação de conexões e, principalmente, melhorar a vida de quem vive no extremo sul da cidade
(vídeo sobre as possíveis melhoras com as novas estações)
Um passageiro, por exemplo, poderá economizar mais de uma hora dentro do transporte público, a depender do deslocamento entre a casa e o emprego ou local de estudo.
As duas estações responsáveis por essa pequena revolução estão na linha 5-lilás e irão conectar o bairro do Capão Redondo, a 22 km do centro, às linhas 1-azul e 2-verde.
A estação Santa Cruz fará a conexão com a linha 1-azul, a mais antiga de São Paulo e que corta a cidade de norte a sul.
Já na estação Chácara Klabin, o passageiro da linha 5-lilás poderá fazer a transferência para a linha 2-verde, conhecida como a linha da avenida Paulista, que vai da Vila Madalena, na zona oeste, à Vila Prudente, na zona leste.
As duas novas estações ficam também na zona sul da cidade e fazem parte do último pacote de estações a serem entregues pelo governo do estado em uma linha que está em construção desde 1998 e deveria ter sido toda entregue em 2014.
"Com essas inaugurações, a gente vai montando uma rede de verdade, no sentido de que você tem diversas alternativas e cada um escolhe a que lhe for mais conveniente", diz Luiz Antônio Cortez, gerente de planejamento do Metrô, vinculado ao Governo do Estado de São Paulo.
Estima-se que, com a nova linha finalizada, 244 mil passageiros passarão a usar o sistema sobre trilhos da Grande São Paulo diariamente. Essas pessoas hoje usavam outros meios de locomoção, como ônibus e carros, e deverão migrar para os trilhos, segundo os cálculos do Metrô.
Com as novas estações, novos fluxos de pessoas serão criados. O acesso dos moradores dos bairros de Capão Redondo, Jardim São Luís e Santo Amaro, por exemplo, será facilitado aos bairros do centro e à avenida Paulista
Esse novo trajeto do metrô permitirá também a redução de passageiros na linha 9-esmeralda, da CPTM (sistema de trens), que anda paralela ao rio e à marginal Pinheiros, e na linha 4-amarela, no que é atualmente o caminho mais fácil do morador do extremo da zona sul à região central.
Esse caminho atual, porém, dá uma volta desnecessária e é cheio de baldeações, que costumam trazer transtornos e espera aos passageiros.
O caminho entre Capão Redondo e a Sé, atualmente, custa ao paulistano uma viagem com três baldeações e 1 hora e 18 minutos, no mínimo. Após a conexão da linha 5-lilás com as demais, esse trajeto terá apenas uma baldeação, e o tempo cairá para 50 minutos, estima o Metrô.
A facilidade de acesso a bairros mais centrais passou a ser um argumento para venda de imóveis no Capão Redondo, segundo o consultor Albert Hudson, 35, que trabalha em uma imobiliária ao lado da estação de metrô do bairro.
"Não consigo estimar o tamanho dessa mudança para o bairro, mas é óbvio que há uma valorização dos imóveis daqui", diz ele, que mora desde criança no extremo sul e diz que o metrô conectado é mais uma etapa na transformação que a região vem sofrendo nas últimas décadas. "Demorou para ficar pronto, mas agora parece que vai".
Haverá ganho de tempo na locomoção de moradores de outros bairros também. O percurso entre a estação Grajaú, no extremo sul da linha 9-esmeralda da CPTM, para a Vila Mariana, na linha 1-azul, cairá de 1 hora e 23 minutos para 50 minutos, segundo o Metrô.
O morador de Itaquera, na zona leste, deverá economizar 35 minutos para chegar a Moema, bairro nobre da zona sul.
Os novos fluxos ajudarão a desafogar as conturbadas baldeações nas estações Pinheiros e Paulista/Consolação.
A estação Pinheiros é a que deverá ter a maior alívio. Por lá, o paulistano enfrenta todos os dias filas enormes nas escadas rolantes entre os trens e o metrô. Pelas estimativas do Metrô, o número de passageiros passando por ali deverá cair de 31.296 para 19.640 (redução de 37%), por hora no pico da manhã.
Até mesmo o corredor de ônibus da avenida 9 de julho, desde Santo Amaro ao centro, deverá sentir a diminuição de passageiros. O mesmo deve ocorrer com os ônibus que percorrem hoje o eixo das avenidas Vereador José Diniz e Ibirapuera.
A diminuição dos passageiros poderá se refletir em mais conforto, caso os trens, metrôs e os ônibus mantenham a mesma oferta de viagens.
Por outro lado, a nova linha 5-lilás terá seu número de passageiros bastante aumentado, indo dos atuais 320 mil passageiros diários para até 850 mil.
Para que a lotação dos trens não fique ainda pior nesse ramal, deverá ser aumentada a frequência dos trens. Hoje, a espera por um trem demora cerca de 3 minutos na linha 5-lilás, pela manhã, segundo a concessionária Via Mobilidade (cujos donos são a CCR e o Grupo Ruas, os mesmos que operam a linha 4-amarela). A concessionária diz estimar reduzir os intervalos, conforme aumente a demanda da linha.
"Do jeito que está, a linha 5 já é lotada, pois vem gente de todo o lado, Jardim Ângela, Itapecerica da Serra pegar esse MetrĔ, analisa a cuidadora de idosos Valéria Viana, 24. "Nas outras linhas do Metrô, a gente espera 2 minutos. Aqui não, aqui demora muito".
Novas conexões deverão diminuir tempo entre estações
As linhas 1-azul e 2-verde também deverão ficar mais cheias com o passageiro que desistiu de dar a volta pelas linhas 9-esmeralda e 4-amarela para chegar às regiões mais centrais.
Outro ponto que deve ter aumento de público é a já lotada estação Sé. Durante o pico da manhã, o aumento deverá ser de 10% no número de pessoas, o que exigirá uma atenção do Metrô. Esse aumento de público deverá ocorrer por causa dos moradores da zona leste que, depois de saírem da linha 3-vermelha, poderão usar a linha 1-azul e depois a 5-lilás para chegar a bairros como Moema, Brooklin e Santo Amaro. Sem mostrar dados, o Metrô disse ser relevante o número de passageiros que fazem esse trajeto todos os dias.
Outro gargalo nas baldeações deverá ocorrer na estação Santo Amaro, que hoje já liga a linha 5-lilás aos trens da CPTM. Por ali, o movimento de passageiros funciona da seguinte maneira: pela manhã, os moradores da periferia da zona sul deixam a linha 5-lilás e embarcam no trem, com destino às empresas que ficam na marginal Pinheiros, ou para irem até o centro da cidade.
Já durante a tarde, o caminho é oposto. Já que quase todas as pessoas nessa conexão andam num mesmo sentido, o fluxo é facilitado. Com a linha 5-lilás inteira, a estação Santo Amaro deve receber passageiros dos dois sentidos ao mesmo tempo. Para absorver esse contingente, o estreito corredor entre as estações da CPTM e Metrô deverá ser ampliado. O prazo para que essa obra seja feita pela nova concessionária ViaMobilidade é até 2022.
O estudante Lander Pereira, 18, no Capão Redondo, onde vive
Zanone Fraissat/Folhapress
Um dos passageiros a se beneficiar com a inauguração da conexão da linha 5-lilás é o estudante Lander Pereira, 18. Lander cresceu durante as mudanças no bairro do Capão, numa geração cuja meta era um futuro mais ameno.
Com perspectiva de um ensino melhor, desde a 4ª série, a mãe já levava o filho para uma escola pública em Pinheiros, do lado de lá da ponte João Dias, que atravessa o rio Pinheiros e conecta o Capão a bairros mais centrais. O jovem cresceu enquanto via a construção da linha 5-lilás travada por suspeitas na licitação ou, depois da retomada das obras, com os corriqueiros atrasos.
Ele não é o único a ver a lentidão da construção. Ediene, sua madrinha passou os últimos anos fazendo diariamente o caminho entre o Capão Redondo e o shopping Ibirapuera de ônibus. Pelo meio do caminho, passava por duas obras atrasadas do Metrô, a linha 5-lilás e a 17-ouro do monotrilho (que deverá ligar Congonhas ao Morumbi).
Hoje, com o avanço da linha 5-lilás, ela já consegue trocar o ônibus pelo metrô. Ainda assim, a construção da linha 17 continua atrasada e sem prazo para entrega. Aos 18 anos, Lander estuda num cursinho pré-vestibular na região da Paulista para passar em medicina. Por isso, às vésperas dos principais vestibulares do país, cada minuto de seu dia é precioso. Seu tempo é basicamente dividido entre algumas tarefas domésticas, muito estudo, pouco sono e longas horas no transporte público.
O Metrô estima que a economia diária de Lander com as novas estações será de 42 minutos ao dia, entre ida às aulas e volta para casa. Lander diz que, assim que a linha for totalmente entregue, usará o tempo extra para estudar.
Lander Pereira, 18, na avenida Paulista, onde estuda; ele economizará 42 minutos por dia com novas estações
Zanone Fraissat/Folhapress
https://www1.folha.uol.com.br/cotidi...a-cidade.shtml
Fonte: http://www.gsnoticias.com.br/noticia...dar-fluxos-lin
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