Márcio França cobra recursos federais para o Metrô e promete melhorar
atendimento da CPTM
Candidato à reeleição visitou estações da Linha 5- Lilás que serão inauguradas nesta semana.
Ele negou que queira paralisar as obras do trecho norte do Rodoanel.
Por Bruna Vieira, TV Globo e G1 SP
Governador andou de trêm e visitou novas estações da Linha 5-Lilás — Foto: Bruna Vieira/TV Globo
A dois dias da entrega de estações da Linha 5 - Lilás do Metrô, o governador e candidato Márcio França (PSB) fez vistoria técnica nesta quarta-feira (26) e reclamou da falta de recursos do governo federal para expandir o Metrô.
O governador embarcou em um trem e, acompanhado de equipes de gravação do governo e da campanha, passou pelas três novas estações que vão ser inauguradas: Hospital São Paulo, Chácara Klabin e Santa Cruz.
A inauguração está prevista para quinta e sexta-feira e a abertura para o público, já com cobrança de passagem, na sequência da cerimônia. As estações só vão funcionar de 10h às 15h, pelo menos até o fim de outubro. As novas estações fazem ligação com as linhas 1-Azul e 2-Verde.
"É uma obra grande que vai ajudar as pessoas a chegarem ao Centro da cidade em uma hora, uma obra que, como vocês sabem, foi sofrida. Uma obra de R$ 10 bilhões que o governo de São Paulo banca, mas de qualquer jeito os paulistas todos vão pagar ao final", afirmou.
Questionado sobre quando conseguirá a expansão do Metrô, ele respondeu: "Quando a gente conseguir que o governo federal coloque recursos federais na obra", disse. "Não é correto só São Paulo colocar recursos", salientou.
A linha 5-Lilás deveria ter ficado pronta em 2014, mas sofreu dezenas de adiamentos. E mesmo com a entrega dessas três estações, para ligação entre o Capão Redondo e a Chácara Klabin ficar completa, ainda falta a estação Campo Belo, prevista para dezembro.
Márcio França culpou o PT e o MDB pelo atraso nas obras. “Todas as obras no Brasil que pararam tem nome e sobrenome, PT e MDB. Eles governaram o Brasil e quebraram como em 100 anos a economia, várias empresas foram acusadas de terem feito muitas coisas erradas. Agora nós estamos voltando a crescer, porque os últimos anos foram desastrosos, muitos estados sequer pagaram salários. Nós temos mil obras em andamento, mas se fissémos no ritmo que estava programado, não íamos pagar salário", afirmou.
Segundo o governo do estado, a demanda de passageiros para as 3 estações é de 243.370 por dia. E da linha toda, 850 mil. Quando finalizada a linha 5-Lilás terá 17 estaçőes distribuídas em 20 km de extensão. Um custo de 10 bilhões.
França disse ainda que, agora, pretende melhorar a qualidade do atendimento na CPTM.
"A grande tarefa, agora, é fazer a CPTM a ter muito menos problemas que tem hoje, para que ele possa ter nível de excelência do Metrô. Mas o volume de pessoas que vão lá e fazem algum tido de coisa errada, roubo, furto de equipamentos, ainda é grande", assinalou.
Rodoanel
O governador negou que queira parar as obras atrasadas do trecho norte do Rodoanel, conforme informou o jornal "Folha de S.Paulo" nesta quarta-feira (26). Segundo o jornal, a informação sobre o plano de congelamento está em ata de reunião com empreitaras promovida pela Dersa.
"Não procede. O Rodoanel é a maior obra do brasil também financiada. Várias empresas que estão fazendo o rodoanel tiveram envolvimento em ilícitos, coisas erradas. Algumas delas simplesmente pararam as atividades. O Tribunal de Contas da União notificou as empresas para que o governo suspendesse os pagamentos até que tivesse a apuração ideal. Grande parte da obra tem 85%, 95% da obra pronta", disse.
França propõe que a empresa que assuma a concessão do trecho, termine a obra.
"Vamos encontrar saídas de todo o rodoanel que é dividido em vários lotes. Alguns lotes vão ser entregues antes do previsto. Mas três lotes têm problemas porque estão nesses lotes com problemas jurídicos. Vamos consultar a procuradoria se ela concorda que ela abata o valor e ela mesma termine a obra, já que tem interesse em passar a ter controle do Rodoanel. Seria uma solução simples, rápida, e eficaz. Não temos interesse em paralisar. Esses procedimentos tem ritmos impensáveis. Pega a empresa que ganhou a concessão e termine a obra", afirmou.
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