Alvo de palmeirenses, Cleber Machado narra final de estúdio da Globo
UOL Esporte
Mesmo sem o logotipo da Globo, torcedores palmeirenses reconheceram o carro que levava o narrador Cleber Machado na noite de quarta-feira (2) ao Allianz Parque (zona oeste da capital) e o atacaram na chegada ao estádio, local da decisão da Copa do Brasil.
Segundo relatos de pessoas que viram a cena, o pânico foi grande e por pouco não conseguiram virar o carro da TV.
Após escapar do susto, o narrador precisou se dirigir às pressas até os estúdios da emissora em São Paulo, na zona sul, para de lá narrar a final da Copa do Brasil, ao lado dos comentaristas Walter Casagrande e Caio Ribeiro.
O repórter Mauro Naves foi quem fez a entrada ao vivo no Jornal Nacional falando direto da arena palmeirense. Em situação normal quem entra é o narrador do jogo.
REVOLTA NA TV
Durante o programa Redação Sportv desta quinta-feira (3), o chefe de reportagem do canal, Fábio Seixas, deu mais detalhes sobre a confusão.
“O Cleber Machado, o Caio e o Casagrande estavam indo para transmitir a partida e eles foram impedidos de fazer a transmissão do estádio. Tiveram que voltar e fizeram da sede da TV Globo, o que é lamentável. Torcedores cercaram o carro. São três profissionais indo trabalhar, com toda a imparcialidade que eles têm, uma marca desses três personagens, e foram impedidos'', disse Seixas.
“Se coloca uma estrutura de concreto e enche de bandidos, vai ter confusão. Se pega e enche de família, vai ter um clima bacana. Ontem, tinha um clima muito legal dentro do estádio, mas pelos relatos num todo. É claro que é uma minoria, mas que causa transtornos. Não houve briga de torcidas, o que é muito legal, mas ainda há alguns idiotas no entorno do estádio que causam esse tipo de confusão'', completou.
No começo da tarde dessa quinta, TV Globo relatou, em nota, o que ocorreu com a sua equipe e fez questão de dizer que a final bateu recorde de audiência na década:
“Cléber, Casagrande e Caio tiveram dificuldade para chegar ao estádio por conta da multidão de torcedores nas ruas e na porta da arena do Palmeiras. Não houve agressão à equipe, mas para não haver atraso e preservar a transmissão, a decisão foi voltar à emissora e narrar do estúdio. Os repórteres Mauro Naves e Bruno Laurence estavam em campo e traziam as informações de lá. A transmissão da partida final foi o recorde da Copa do Brasil de 2015 (32 pontos e 49% de participação). Desde 2009, um jogo da Copa do Brasil não tinha audiência tão alta em São Paulo.''
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