Uma crônica sobre a Viação Cometa, eleita a melhor empresa de ônibus
Empresa foi escolhida como melhor empresa de viagem de ônibus por 29% dos ouvidos pelo Datafolha na pesquisa sobre os melhores destinos e serviços de viagem. Veja aqui quais foram os critérios avaliados.
Finzinho dos anos 70. Eu chegava correndo à antiga rodoviária de São Paulo, na praça Júlio Prestes, no centro da cidade. Depois de ter dado aulas o dia todo, passava rapidamente em casa para tomar um banho e apanhar algo que pudesse comer no caminho. E lá ia eu para a plataforma da qual, às 23h30, zarpava o leito da Cometa para São José do Rio Preto, aonde eu chegava um pouco antes das 6h da manhã, para trabalhar das 7h até o fim do dia.
O ônibus saía da rodoviária e, para evitar sacolejos e não fazer muito barulho, ia em baixa velocidade até entrar na rodovia, onde o motorista finalmente fazia trabalhar o potente motor Scania, que movia a impecável carroçaria "Dinossauro" (que depois se transformaria em "Flecha Azul"), azul-clara e bege, feita de duralumínio, exclusividade dos imponentes ônibus da Cometa. A esta altura, já tinha entrado em ação uma sempre eficiente rodomoça, que distribuía a cada passageiro algo para beber e um pacote do delicioso biscoito doce Boa Tarde (da Piraquê), que, salvo engano, lamentavelmente não é mais produzido.
O biscoito caía como um bálsamo complementar do meu parco "jantar" nesse dia. Depois disso, eu me acomodava na poltrona-leito, na esperança de dormir e só acordar quando, 438 quilômetros depois, o ônibus estivesse entrando em Rio Preto —pela avenida Alberto Andaló, caminho que ele faz até hoje.
Durante mais de duas décadas, trabalhei na cidade de São Paulo e em diversas unidades do interior paulista de um grande curso pré-vestibular. A Cometa me acompanhou em algumas delas, sobretudo em São José do Rio Preto, Sorocaba e Itapetininga. No inverno, na volta da querida Itapetininga, no ônibus que saía às 22h40 (via Raposo Tavares), era reconfortante observar a perícia e a tranquilidade dos motoristas na região de São Roque, onde normalmente a neblina não permitia que se visse um palmo diante do nariz. E lá ia o soberano Cometão, numa tocada suave, segura, no compasso do Bolero de Ravel.
Mas não foi nas viagens para trabalhar que a Cometa entrou na minha vida. Desde criança, quando eu passava pelo centro e via a pequena agência da empresa que havia por lá, a minha imaginação voava a bordo dos seus ônibus, que acabaram me levando algumas vezes ao Rio, a Belo Horizonte, a Curitiba.
Até hoje, quando estou numa rodovia, sinto-me seguro ao ver um Cometão, que, muitas vezes, age como guia confiável na hora de ultrapassar ou quando tento "ver" o que acontece adiante. Operação concluída, a troca de um leve toque na buzina entre mim e o motorista da empresa é sempre algo que me emociona. A Cometa mora no meu coração. É isso.
O ônibus saía da rodoviária e, para evitar sacolejos e não fazer muito barulho, ia em baixa velocidade até entrar na rodovia, onde o motorista finalmente fazia trabalhar o potente motor Scania, que movia a impecável carroçaria "Dinossauro" (que depois se transformaria em "Flecha Azul"), azul-clara e bege, feita de duralumínio, exclusividade dos imponentes ônibus da Cometa. A esta altura, já tinha entrado em ação uma sempre eficiente rodomoça, que distribuía a cada passageiro algo para beber e um pacote do delicioso biscoito doce Boa Tarde (da Piraquê), que, salvo engano, lamentavelmente não é mais produzido.
O biscoito caía como um bálsamo complementar do meu parco "jantar" nesse dia. Depois disso, eu me acomodava na poltrona-leito, na esperança de dormir e só acordar quando, 438 quilômetros depois, o ônibus estivesse entrando em Rio Preto —pela avenida Alberto Andaló, caminho que ele faz até hoje.
Durante mais de duas décadas, trabalhei na cidade de São Paulo e em diversas unidades do interior paulista de um grande curso pré-vestibular. A Cometa me acompanhou em algumas delas, sobretudo em São José do Rio Preto, Sorocaba e Itapetininga. No inverno, na volta da querida Itapetininga, no ônibus que saía às 22h40 (via Raposo Tavares), era reconfortante observar a perícia e a tranquilidade dos motoristas na região de São Roque, onde normalmente a neblina não permitia que se visse um palmo diante do nariz. E lá ia o soberano Cometão, numa tocada suave, segura, no compasso do Bolero de Ravel.
Mas não foi nas viagens para trabalhar que a Cometa entrou na minha vida. Desde criança, quando eu passava pelo centro e via a pequena agência da empresa que havia por lá, a minha imaginação voava a bordo dos seus ônibus, que acabaram me levando algumas vezes ao Rio, a Belo Horizonte, a Curitiba.
Até hoje, quando estou numa rodovia, sinto-me seguro ao ver um Cometão, que, muitas vezes, age como guia confiável na hora de ultrapassar ou quando tento "ver" o que acontece adiante. Operação concluída, a troca de um leve toque na buzina entre mim e o motorista da empresa é sempre algo que me emociona. A Cometa mora no meu coração. É isso.
Cometa é eleita a melhor empresa de ônibus pelo Datafolha
Pesquisa revela os destinos favoritos dos turistas paulistanos
Pela primeira vez, o Datafolha investiga a hierarquia dos destinos turísticos no imaginário da classe média paulistana. Os melhores serviços relacionados ao setor de turismo também foram considerados na pesquisa.
Ao abordar os consumidores mais frequentes de viagens e turismo —os moradores de classes A e B que viajaram nos últimos 12 meses—, a pesquisa revela as preferências do segmento que mais alimenta o setor, na cidade do país que mais utiliza esses serviços.
Mesmo diante da crise econômica, que impõe restrições orçamentárias às famílias, os paulistanos permanecem fiéis ao desejo de visitar outros lugares, especialmente os destinos brasileiros.
Intenção de viajar
Pesquisa recente conduzida pelo Ministério do Turismo e pela Fundação Getúlio Vargas, realizada em julho deste ano, mostra que, de sete capitais avaliadas (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), a intenção de viajar a turismo nos próximos seis meses cresceu apenas entre os paulistanos. Em relação aos moradores das demais cidades, houve declínio em comparação com julho de 2014.
A mesma pesquisa mostra que a intenção de visitar destinos turísticos nacionais cresceu em comparação ao ano passado em detrimento das viagens para o exterior, reflexo direto da alta do dólar em relação ao real nos últimos meses.
Não por acaso, ao serem questionados pelo Datafolha sobre qual o melhor país para se viajar, os paulistanos apontaram com mais frequência o Brasil, empatado numericamente com os Estados Unidos.
E no Brasil, de acordo com os paulistanos, não há destino mais desejado do que o Rio de Janeiro.
Esse mapeamento inédito permite a todos os que trabalham, utilizam ou se interessam por turismo obter informações essenciais sobre o comportamento dos moradores da capital paulista nos raros momentos em que deixam de pensar em trabalho.
Ao abordar os consumidores mais frequentes de viagens e turismo —os moradores de classes A e B que viajaram nos últimos 12 meses—, a pesquisa revela as preferências do segmento que mais alimenta o setor, na cidade do país que mais utiliza esses serviços.
Mesmo diante da crise econômica, que impõe restrições orçamentárias às famílias, os paulistanos permanecem fiéis ao desejo de visitar outros lugares, especialmente os destinos brasileiros.
Pesquisa recente conduzida pelo Ministério do Turismo e pela Fundação Getúlio Vargas, realizada em julho deste ano, mostra que, de sete capitais avaliadas (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), a intenção de viajar a turismo nos próximos seis meses cresceu apenas entre os paulistanos. Em relação aos moradores das demais cidades, houve declínio em comparação com julho de 2014.
A mesma pesquisa mostra que a intenção de visitar destinos turísticos nacionais cresceu em comparação ao ano passado em detrimento das viagens para o exterior, reflexo direto da alta do dólar em relação ao real nos últimos meses.
Não por acaso, ao serem questionados pelo Datafolha sobre qual o melhor país para se viajar, os paulistanos apontaram com mais frequência o Brasil, empatado numericamente com os Estados Unidos.
E no Brasil, de acordo com os paulistanos, não há destino mais desejado do que o Rio de Janeiro.
Esse mapeamento inédito permite a todos os que trabalham, utilizam ou se interessam por turismo obter informações essenciais sobre o comportamento dos moradores da capital paulista nos raros momentos em que deixam de pensar em trabalho.
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