QS - Inteligência Espiritual nos Negócios
Helena Ribeiro aborda a evolução das diversas inteligências, que segundo alguns autores e estudiosos, constatam que o QS é a inteligência que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto QS implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. Ter ou desenvolver inteligência espiritual aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos, é uma inteligência que nos impulsiona e está ligada à necessidade humana de ter um propósito de vida, respeitando os valores individuais e da sociedade que norteiam as ações da humanidade.
Por Helena Ribeiro 09/06
O conceito de inteligência tem evoluído de forma acelerada nos últimos tempos, onde, no início do século passado, começou a ser difundida a idéia do Quociente de Inteligência, como uma espécie de organização neural que permite ao homem pensar de forma lógica e racional. A expressão se popularizou quando foram desenvolvidos testes psicológicos, ou seja, “testes de inteligência” para aplicação em adultos, também conhecido como QI (Quociente Inteligência). Posteriormente, foram surgindo outras linhas de pesquisas contestando os testes de inteligência como sendo “únicos” medidores de níveis de inteligência, que se baseavam na premissa de que os mesmos mediam apenas as qualidades lógicas - matemáticas e lingüísticas, desconsiderando outras aptidões humanas. As pesquisas demonstraram que no âmbito profissional constatou-se de maneira prática que nem sempre os mais bem “dotados” intelectualmente eram os mais competentes para exercerem determinadas funções. E com isso, vários estudos e pesquisas foram realizados. Como resultado dessas pesquisas surgem, na década de 80, os conceitos do psicólogo e pesquisador norte-americano Howard Gardner, que propôs uma visão pluralista da mente, ampliando o conceito de inteligência única para o conceito de Inteligências Múltiplas (IM), abordando que a inteligência era composta de pelo menos oito diferentes habilidades naturais, entre elas: lógico-matemática, lingüística, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical, espacial e naturalista - ambiental. Tendo em vista um vasto campo de estudo das inúmeras capacidades humanas, alguns autores descobriram outras inteligências que complementaram as IMs, até mesmo o próprio Gardner. As pesquisas de Gardner e seus seguidores continuaram e atualmente são conhecidos 11 tipos de inteligências diferentes. Em 1995, o psicólogo Daniel Goleman apresentou o conceito de Inteligência Emocional (IE) ou Quociente Emocional (QE), que englobou os dois conceitos de Gardner sobre o tema inteligência Intra e Interpessoal. Goleman foi o autor do livro Inteligência Emocional, editado em 1995 e que se tornou best-seller no mundo inteiro, sendo o defensor das emoções nas relações empresariais. Para continuar com seu trabalho, lançou mais dois livros: Trabalhando com a Inteligência Emocional e, em conjunto com mais dois autores, o O Poder da Inteligência Emocional – A Experiência em Liderar com Sensibilidade e Eficácia. Segundo Goleman, é o QE que capacita o ser humano a reconhecer os seus sentimentos, a lidar com suas emoções, adequando-as às situações e colocando-as a serviço de um objetivo. Reconhecendo as próprias emoções, o ser humano passa, conseqüentemente, a reconhecer as emoções do outro, criando inter-relações mais saudáveis. “Foram décadas de pesquisas realizadas em empresas de classe mundial, onde os pesquisadores afirmam que os líderes vibrantes que conseguem ressoar seu entusiasmo - independente do nível hierárquico - obtém a excelência não somente por meio de técnicas, dinamismo e inteligência, mas pela capacidade de estabelecer uma conexão emocional com os outros, utilizando suas habilidades de IE, com empatia, assertividade e autoconfiança”. Como resultado de milhões de anos de evolução, nossas emoções formam um sofisticado sistema interno de orientação, uma fonte valiosa de informações que nos ajudam na tomada de decisões. Um QE desenvolvido é de suma importância para o bom êxito profissional, ele nos dá capacidade de adaptação e é através dele que o QI se expressa. Baseado no crescimento da importância e da sensibilidade do QE, surgiu, no final da década passada, a Inteligência Espiritual, que está mudando a compreensão do processo de desenvolvimento do ser humano. Como as pesquisas não pararam, em 2000 a física e filósofa norte-americana Danah Zohar, em parceria com o psiquiatra Ian Marshal, publicaram o livro “QS – Inteligência Espiritual”. O livro fez emergir um novo conceito de inteligência: o “Spiritual Quocient” ou Quociente Espiritual (QS). Segundo os autores, o QS é a base necessária para que as outras Inteligências (QI e QE) operem de modo eficiente. O QS tem um poder de transformação que o diferencia das outras Inteligências, indo além da capacidade intelectual e emocional do indivíduo. Segundo os autores, o QS é a inteligência que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto QS implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. Ter ou desenvolver inteligência espiritual aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos, é uma inteligência que nos impulsiona e está ligada à necessidade humana de ter um propósito de vida, respeitando os valores individuais e da sociedade que norteiam as ações da humanidade. O trabalho da Dra. Zohar tem sustentação em pesquisas científicas feitas ao longo da última década, nas áreas de neurologia, neuropsicologia e neurolingüística. Nos anos 90, o neuropsicólogo Michael Persinger e o neurologista Vilanu Ramachandran identificaram, no cérebro humano, nas conexões neurais nos lobos temporais, um ponto que aciona a necessidade humana na busca do “sentido da vida”. O ponto foi denominado “O Ponto de Deus”. Através de escaneamentos feitos com topografia de emissão de pósitrons, os cientistas mostraram que a área se iluminava toda vez que os pacientes discutiam temas espirituais. Segundo a Dra. Zohar, “o Ponto de Deus” mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, em busca de sentidos e valores mais amplos. O livro QS causou um grande impacto no mundo corporativo que, segundo a própria Dra. Zohar, “passa por uma crise de sustentabilidade”. O modelo adotado pelo mundo dos negócios, baseado no lucro imediato, gerou uma cultura corporativa desconectada de valores mais profundos. O impacto negativo desse modelo reflete-se tanto na devastação ambiental, resultante de uma exploração predatória dos recursos naturais do planeta, quanto em desequilíbrios físicos e psicológicos nos indivíduos que trabalham ou que de alguma maneira são afetados por esse modelo. “Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual”. O QS não tem relação direta com religião, é uma inteligência que nos direciona em momentos de impasse, quando nos deparamos presos nas armadilhas dos velhos padrões comportamentais, quando enfrentamos problemas com trabalho, sofrimentos emocionais ou doenças físicas. São nesses momentos que o QS nos mostra que temos problemas existenciais e fornece-nos pistas de como solucioná-los. Para os adeptos do desenvolvimento contínuo, o QS já é um conceito enraizado para ouPor Helena Ribeiro 09/06 O conceito de inteligência tem evoluído de forma acelerada nos últimos tempos, onde, no início do século passado, começou a ser difundida a idéia do Quociente de Inteligência, como uma espécie de organização neural que permite ao homem pensar de forma lógica e racional. A expressão se popularizou quando foram desenvolvidos testes psicológicos, ou seja, “testes de inteligência” para aplicação em adultos, também conhecido como QI (Quociente Inteligência). Posteriormente, foram surgindo outras linhas de pesquisas contestando os testes de inteligência como sendo “únicos” medidores de níveis de inteligência, que se baseavam na premissa de que os mesmos mediam apenas as qualidades lógicas - matemáticas e lingüísticas, desconsiderando outras aptidões humanas. As pesquisas demonstraram que no âmbito profissional constatou-se de maneira prática que nem sempre os mais bem “dotados” intelectualmente eram os mais competentes para exercerem determinadas funções. E com isso, vários estudos e pesquisas foram realizados. Como resultado dessas pesquisas surgem, na década de 80, os conceitos do psicólogo e pesquisador norte-americano Howard Gardner, que propôs uma visão pluralista da mente, ampliando o conceito de inteligência única para o conceito de Inteligências Múltiplas (IM), abordando que a inteligência era composta de pelo menos oito diferentes habilidades naturais, entre elas: lógico-matemática, lingüística, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical, espacial e naturalista - ambiental. Tendo em vista um vasto campo de estudo das inúmeras capacidades humanas, alguns autores descobriram outras inteligências que complementaram as IMs, até mesmo o próprio Gardner. As pesquisas de Gardner e seus seguidores continuaram e atualmente são conhecidos 11 tipos de inteligências diferentes. Em 1995, o psicólogo Daniel Goleman apresentou o conceito de Inteligência Emocional (IE) ou Quociente Emocional (QE), que englobou os dois conceitos de Gardner sobre o tema inteligência Intra e Interpessoal. Goleman foi o autor do livro Inteligência Emocional, editado em 1995 e que se tornou best-seller no mundo inteiro, sendo o defensor das emoções nas relações empresariais. Para continuar com seu trabalho, lançou mais dois livros: Trabalhando com a Inteligência Emocional e, em conjunto com mais dois autores, o O Poder da Inteligência Emocional – A Experiência em Liderar com Sensibilidade e Eficácia. Segundo Goleman, é o QE que capacita o ser humano a reconhecer os seus sentimentos, a lidar com suas emoções, adequando-as às situações e colocando-as a serviço de um objetivo. Reconhecendo as próprias emoções, o ser humano passa, conseqüentemente, a reconhecer as emoções do outro, criando inter-relações mais saudáveis. “Foram décadas de pesquisas realizadas em empresas de classe mundial, onde os pesquisadores afirmam que os líderes vibrantes que conseguem ressoar seu entusiasmo - independente do nível hierárquico - obtém a excelência não somente por meio de técnicas, dinamismo e inteligência, mas pela capacidade de estabelecer uma conexão emocional com os outros, utilizando suas habilidades de IE, com empatia, assertividade e autoconfiança”. Como resultado de milhões de anos de evolução, nossas emoções formam um sofisticado sistema interno de orientação, uma fonte valiosa de informações que nos ajudam na tomada de decisões. Um QE desenvolvido é de suma importância para o bom êxito profissional, ele nos dá capacidade de adaptação e é através dele que o QI se expressa. Baseado no crescimento da importância e da sensibilidade do QE, surgiu, no final da década passada, a Inteligência Espiritual, que está mudando a compreensão do processo de desenvolvimento do ser humano. Como as pesquisas não pararam, em 2000 a física e filósofa norte-americana Danah Zohar, em parceria com o psiquiatra Ian Marshal, publicaram o livro “QS – Inteligência Espiritual”. O livro fez emergir um novo conceito de inteligência: o “Spiritual Quocient” ou Quociente Espiritual (QS). Segundo os autores, o QS é a base necessária para que as outras Inteligências (QI e QE) operem de modo eficiente. O QS tem um poder de transformação que o diferencia das outras Inteligências, indo além da capacidade intelectual e emocional do indivíduo. Segundo os autores, o QS é a inteligência que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto QS implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. Ter ou desenvolver inteligência espiritual aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos, é uma inteligência que nos impulsiona e está ligada à necessidade humana de ter um propósito de vida, respeitando os valores individuais e da sociedade que norteiam as ações da humanidade. O trabalho da Dra. Zohar tem sustentação em pesquisas científicas feitas ao longo da última década, nas áreas de neurologia, neuropsicologia e neurolingüística. Nos anos 90, o neuropsicólogo Michael Persinger e o neurologista Vilanu Ramachandran identificaram, no cérebro humano, nas conexões neurais nos lobos temporais, um ponto que aciona a necessidade humana na busca do “sentido da vida”. O ponto foi denominado “O Ponto de Deus”. Através de escaneamentos feitos com topografia de emissão de pósitrons, os cientistas mostraram que a área se iluminava toda vez que os pacientes discutiam temas espirituais. Segundo a Dra. Zohar, “o Ponto de Deus” mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, em busca de sentidos e valores mais amplos. O livro QS causou um grande impacto no mundo corporativo que, segundo a própria Dra. Zohar, “passa por uma crise de sustentabilidade”. O modelo adotado pelo mundo dos negócios, baseado no lucro imediato, gerou uma cultura corporativa desconectada de valores mais profundos. O impacto negativo desse modelo reflete-se tanto na devastação ambiental, resultante de uma exploração predatória dos recursos naturais do planeta, quanto em desequilíbrios físicos e psicológicos nos indivíduos que trabalham ou que de alguma maneira são afetados por esse modelo. “Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual”. O QS não tem relação direta com religião, é uma inteligência que nos direciona em momentos de impasse, quando nos deparamos presos nas armadilhas dos velhos padrões comportamentais, quando enfrentamos problemas com trabalho, sofrimentos emocionais ou doenças físicas. São nesses momentos que o QS nos mostra que temos problemas existenciais e fornece-nos pistas de como solucioná-los. Para os adeptos do desenvolvimento contínuo, o QS já é um conceito enraizado para ouPor Helena Ribeiro 09/06 O conceito de inteligência tem evoluído de forma acelerada nos últimos tempos, onde, no início do século passado, começou a ser difundida a idéia do Quociente de Inteligência, como uma espécie de organização neural que permite ao homem pensar de forma lógica e racional. A expressão se popularizou quando foram desenvolvidos testes psicológicos, ou seja, “testes de inteligência” para aplicação em adultos, também conhecido como QI (Quociente Inteligência). Posteriormente, foram surgindo outras linhas de pesquisas contestando os testes de inteligência como sendo “únicos” medidores de níveis de inteligência, que se baseavam na premissa de que os mesmos mediam apenas as qualidades lógicas - matemáticas e lingüísticas, desconsiderando outras aptidões humanas. As pesquisas demonstraram que no âmbito profissional constatou-se de maneira prática que nem sempre os mais bem “dotados” intelectualmente eram os mais competentes para exercerem determinadas funções. E com isso, vários estudos e pesquisas foram realizados. Como resultado dessas pesquisas surgem, na década de 80, os conceitos do psicólogo e pesquisador norte-americano Howard Gardner, que propôs uma visão pluralista da mente, ampliando o conceito de inteligência única para o conceito de Inteligências Múltiplas (IM), abordando que a inteligência era composta de pelo menos oito diferentes habilidades naturais, entre elas: lógico-matemática, lingüística, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical, espacial e naturalista - ambiental. Tendo em vista um vasto campo de estudo das inúmeras capacidades humanas, alguns autores descobriram outras inteligências que complementaram as IMs, até mesmo o próprio Gardner. As pesquisas de Gardner e seus seguidores continuaram e atualmente são conhecidos 11 tipos de inteligências diferentes. Em 1995, o psicólogo Daniel Goleman apresentou o conceito de Inteligência Emocional (IE) ou Quociente Emocional (QE), que englobou os dois conceitos de Gardner sobre o tema inteligência Intra e Interpessoal. Goleman foi o autor do livro Inteligência Emocional, editado em 1995 e que se tornou best-seller no mundo inteiro, sendo o defensor das emoções nas relações empresariais. Para continuar com seu trabalho, lançou mais dois livros: Trabalhando com a Inteligência Emocional e, em conjunto com mais dois autores, o O Poder da Inteligência Emocional – A Experiência em Liderar com Sensibilidade e Eficácia. Segundo Goleman, é o QE que capacita o ser humano a reconhecer os seus sentimentos, a lidar com suas emoções, adequando-as às situações e colocando-as a serviço de um objetivo. Reconhecendo as próprias emoções, o ser humano passa, conseqüentemente, a reconhecer as emoções do outro, criando inter-relações mais saudáveis. “Foram décadas de pesquisas realizadas em empresas de classe mundial, onde os pesquisadores afirmam que os líderes vibrantes que conseguem ressoar seu entusiasmo - independente do nível hierárquico - obtém a excelência não somente por meio de técnicas, dinamismo e inteligência, mas pela capacidade de estabelecer uma conexão emocional com os outros, utilizando suas habilidades de IE, com empatia, assertividade e autoconfiança”. Como resultado de milhões de anos de evolução, nossas emoções formam um sofisticado sistema interno de orientação, uma fonte valiosa de informações que nos ajudam na tomada de decisões. Um QE desenvolvido é de suma importância para o bom êxito profissional, ele nos dá capacidade de adaptação e é através dele que o QI se expressa. Baseado no crescimento da importância e da sensibilidade do QE, surgiu, no final da década passada, a Inteligência Espiritual, que está mudando a compreensão do processo de desenvolvimento do ser humano. Como as pesquisas não pararam, em 2000 a física e filósofa norte-americana Danah Zohar, em parceria com o psiquiatra Ian Marshal, publicaram o livro “QS – Inteligência Espiritual”. O livro fez emergir um novo conceito de inteligência: o “Spiritual Quocient” ou Quociente Espiritual (QS). Segundo os autores, o QS é a base necessária para que as outras Inteligências (QI e QE) operem de modo eficiente. O QS tem um poder de transformação que o diferencia das outras Inteligências, indo além da capacidade intelectual e emocional do indivíduo. Segundo os autores, o QS é a inteligência que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto QS implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. Ter ou desenvolver inteligência espiritual aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos, é uma inteligência que nos impulsiona e está ligada à necessidade humana de ter um propósito de vida, respeitando os valores individuais e da sociedade que norteiam as ações da humanidade. O trabalho da Dra. Zohar tem sustentação em pesquisas científicas feitas ao longo da última década, nas áreas de neurologia, neuropsicologia e neurolingüística. Nos anos 90, o neuropsicólogo Michael Persinger e o neurologista Vilanu Ramachandran identificaram, no cérebro humano, nas conexões neurais nos lobos temporais, um ponto que aciona a necessidade humana na busca do “sentido da vida”. O ponto foi denominado “O Ponto de Deus”. Através de escaneamentos feitos com topografia de emissão de pósitrons, os cientistas mostraram que a área se iluminava toda vez que os pacientes discutiam temas espirituais. Segundo a Dra. Zohar, “o Ponto de Deus” mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, em busca de sentidos e valores mais amplos. O livro QS causou um grande impacto no mundo corporativo que, segundo a própria Dra. Zohar, “passa por uma crise de sustentabilidade”. O modelo adotado pelo mundo dos negócios, baseado no lucro imediato, gerou uma cultura corporativa desconectada de valores mais profundos. O impacto negativo desse modelo reflete-se tanto na devastação ambiental, resultante de uma exploração predatória dos recursos naturais do planeta, quanto em desequilíbrios físicos e psicológicos nos indivíduos que trabalham ou que de alguma maneira são afetados por esse modelo. “Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual”. O QS não tem relação direta com religião, é uma inteligência que nos direciona em momentos de impasse, quando nos deparamos presos nas armadilhas dos velhos padrões comportamentais, quando enfrentamos problemas com trabalho, sofrimentos emocionais ou doenças físicas. São nesses momentos que o QS nos mostra que temos problemas existenciais e fornece-nos pistas de como solucioná-los. Para os adeptos do desenvolvimento contínuo, o QS já é um conceito enraizado para ouPor Helena Ribeiro 09/06 O conceito de inteligência tem evoluído de forma acelerada nos últimos tempos, onde, no início do século passado, começou a ser difundida a idéia do Quociente de Inteligência, como uma espécie de organização neural que permite ao homem pensar de forma lógica e racional. A expressão se popularizou quando foram desenvolvidos testes psicológicos, ou seja, “testes de inteligência” para aplicação em adultos, também conhecido como QI (Quociente Inteligência). Posteriormente, foram surgindo outras linhas de pesquisas contestando os testes de inteligência como sendo “únicos” medidores de níveis de inteligência, que se baseavam na premissa de que os mesmos mediam apenas as qualidades lógicas - matemáticas e lingüísticas, desconsiderando outras aptidões humanas. As pesquisas demonstraram que no âmbito profissional constatou-se de maneira prática que nem sempre os mais bem “dotados” intelectualmente eram os mais competentes para exercerem determinadas funções. E com isso, vários estudos e pesquisas foram realizados. Como resultado dessas pesquisas surgem, na década de 80, os conceitos do psicólogo e pesquisador norte-americano Howard Gardner, que propôs uma visão pluralista da mente, ampliando o conceito de inteligência única para o conceito de Inteligências Múltiplas (IM), abordando que a inteligência era composta de pelo menos oito diferentes habilidades naturais, entre elas: lógico-matemática, lingüística, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical, espacial e naturalista - ambiental. Tendo em vista um vasto campo de estudo das inúmeras capacidades humanas, alguns autores descobriram outras inteligências que complementaram as IMs, até mesmo o próprio Gardner. As pesquisas de Gardner e seus seguidores continuaram e atualmente são conhecidos 11 tipos de inteligências diferentes. Em 1995, o psicólogo Daniel Goleman apresentou o conceito de Inteligência Emocional (IE) ou Quociente Emocional (QE), que englobou os dois conceitos de Gardner sobre o tema inteligência Intra e Interpessoal. Goleman foi o autor do livro Inteligência Emocional, editado em 1995 e que se tornou best-seller no mundo inteiro, sendo o defensor das emoções nas relações empresariais. Para continuar com seu trabalho, lançou mais dois livros: Trabalhando com a Inteligência Emocional e, em conjunto com mais dois autores, o O Poder da Inteligência Emocional – A Experiência em Liderar com Sensibilidade e Eficácia. Segundo Goleman, é o QE que capacita o ser humano a reconhecer os seus sentimentos, a lidar com suas emoções, adequando-as às situações e colocando-as a serviço de um objetivo. Reconhecendo as próprias emoções, o ser humano passa, conseqüentemente, a reconhecer as emoções do outro, criando inter-relações mais saudáveis. “Foram décadas de pesquisas realizadas em empresas de classe mundial, onde os pesquisadores afirmam que os líderes vibrantes que conseguem ressoar seu entusiasmo - independente do nível hierárquico - obtém a excelência não somente por meio de técnicas, dinamismo e inteligência, mas pela capacidade de estabelecer uma conexão emocional com os outros, utilizando suas habilidades de IE, com empatia, assertividade e autoconfiança”. Como resultado de milhões de anos de evolução, nossas emoções formam um sofisticado sistema interno de orientação, uma fonte valiosa de informações que nos ajudam na tomada de decisões. Um QE desenvolvido é de suma importância para o bom êxito profissional, ele nos dá capacidade de adaptação e é através dele que o QI se expressa. Baseado no crescimento da importância e da sensibilidade do QE, surgiu, no final da década passada, a Inteligência Espiritual, que está mudando a compreensão do processo de desenvolvimento do ser humano. Como as pesquisas não pararam, em 2000 a física e filósofa norte-americana Danah Zohar, em parceria com o psiquiatra Ian Marshal, publicaram o livro “QS – Inteligência Espiritual”. O livro fez emergir um novo conceito de inteligência: o “Spiritual Quocient” ou Quociente Espiritual (QS). Segundo os autores, o QS é a base necessária para que as outras Inteligências (QI e QE) operem de modo eficiente. O QS tem um poder de transformação que o diferencia das outras Inteligências, indo além da capacidade intelectual e emocional do indivíduo. Segundo os autores, o QS é a inteligência que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto QS implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. Ter ou desenvolver inteligência espiritual aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos, é uma inteligência que nos impulsiona e está ligada à necessidade humana de ter um propósito de vida, respeitando os valores individuais e da sociedade que norteiam as ações da humanidade. O trabalho da Dra. Zohar tem sustentação em pesquisas científicas feitas ao longo da última década, nas áreas de neurologia, neuropsicologia e neurolingüística. Nos anos 90, o neuropsicólogo Michael Persinger e o neurologista Vilanu Ramachandran identificaram, no cérebro humano, nas conexões neurais nos lobos temporais, um ponto que aciona a necessidade humana na busca do “sentido da vida”. O ponto foi denominado “O Ponto de Deus”. Através de escaneamentos feitos com topografia de emissão de pósitrons, os cientistas mostraram que a área se iluminava toda vez que os pacientes discutiam temas espirituais. Segundo a Dra. Zohar, “o Ponto de Deus” mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, em busca de sentidos e valores mais amplos. O livro QS causou um grande impacto no mundo corporativo que, segundo a própria Dra. Zohar, “passa por uma crise de sustentabilidade”. O modelo adotado pelo mundo dos negócios, baseado no lucro imediato, gerou uma cultura corporativa desconectada de valores mais profundos. O impacto negativo desse modelo reflete-se tanto na devastação ambiental, resultante de uma exploração predatória dos recursos naturais do planeta, quanto em desequilíbrios físicos e psicológicos nos indivíduos que trabalham ou que de alguma maneira são afetados por esse modelo. “Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual”. O QS não tem relação direta com religião, é uma inteligência que nos direciona em momentos de impasse, quando nos deparamos presos nas armadilhas dos velhos padrões comportamentais, quando enfrentamos problemas com trabalho, sofrimentos emocionais ou doenças físicas. São nesses momentos que o QS nos mostra que temos problemas existenciais e fornece-nos pistas de como solucioná-los. Para os adeptos do desenvolvimento contínuo, o QS já é um conceito enraizado para ouPor Helena Ribeiro 09/06 O conceito de inteligência tem evoluído de forma acelerada nos últimos tempos, onde, no início do século passado, começou a ser difundida a idéia do Quociente de Inteligência, como uma espécie de organização neural que permite ao homem pensar de forma lógica e racional. A expressão se popularizou quando foram desenvolvidos testes psicológicos, ou seja, “testes de inteligência” para aplicação em adultos, também conhecido como QI (Quociente Inteligência). Posteriormente, foram surgindo outras linhas de pesquisas contestando os testes de inteligência como sendo “únicos” medidores de níveis de inteligência, que se baseavam na premissa de que os mesmos mediam apenas as qualidades lógicas - matemáticas e lingüísticas, desconsiderando outras aptidões humanas. As pesquisas demonstraram que no âmbito profissional constatou-se de maneira prática que nem sempre os mais bem “dotados” intelectualmente eram os mais competentes para exercerem determinadas funções. E com isso, vários estudos e pesquisas foram realizados. Como resultado dessas pesquisas surgem, na década de 80, os conceitos do psicólogo e pesquisador norte-americano Howard Gardner, que propôs uma visão pluralista da mente, ampliando o conceito de inteligência única para o conceito de Inteligências Múltiplas (IM), abordando que a inteligência era composta de pelo menos oito diferentes habilidades naturais, entre elas: lógico-matemática, lingüística, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical, espacial e naturalista - ambiental. Tendo em vista um vasto campo de estudo das inúmeras capacidades humanas, alguns autores descobriram outras inteligências que complementaram as IMs, até mesmo o próprio Gardner. As pesquisas de Gardner e seus seguidores continuaram e atualmente são conhecidos 11 tipos de inteligências diferentes. Em 1995, o psicólogo Daniel Goleman apresentou o conceito de Inteligência Emocional (IE) ou Quociente Emocional (QE), que englobou os dois conceitos de Gardner sobre o tema inteligência Intra e Interpessoal. Goleman foi o autor do livro Inteligência Emocional, editado em 1995 e que se tornou best-seller no mundo inteiro, sendo o defensor das emoções nas relações empresariais. Para continuar com seu trabalho, lançou mais dois livros: Trabalhando com a Inteligência Emocional e, em conjunto com mais dois autores, o O Poder da Inteligência Emocional – A Experiência em Liderar com Sensibilidade e Eficácia. Segundo Goleman, é o QE que capacita o ser humano a reconhecer os seus sentimentos, a lidar com suas emoções, adequando-as às situações e colocando-as a serviço de um objetivo. Reconhecendo as próprias emoções, o ser humano passa, conseqüentemente, a reconhecer as emoções do outro, criando inter-relações mais saudáveis. “Foram décadas de pesquisas realizadas em empresas de classe mundial, onde os pesquisadores afirmam que os líderes vibrantes que conseguem ressoar seu entusiasmo - independente do nível hierárquico - obtém a excelência não somente por meio de técnicas, dinamismo e inteligência, mas pela capacidade de estabelecer uma conexão emocional com os outros, utilizando suas habilidades de IE, com empatia, assertividade e autoconfiança”. Como resultado de milhões de anos de evolução, nossas emoções formam um sofisticado sistema interno de orientação, uma fonte valiosa de informações que nos ajudam na tomada de decisões. Um QE desenvolvido é de suma importância para o bom êxito profissional, ele nos dá capacidade de adaptação e é através dele que o QI se expressa. Baseado no crescimento da importância e da sensibilidade do QE, surgiu, no final da década passada, a Inteligência Espiritual, que está mudando a compreensão do processo de desenvolvimento do ser humano. Como as pesquisas não pararam, em 2000 a física e filósofa norte-americana Danah Zohar, em parceria com o psiquiatra Ian Marshal, publicaram o livro “QS – Inteligência Espiritual”. O livro fez emergir um novo conceito de inteligência: o “Spiritual Quocient” ou Quociente Espiritual (QS). Segundo os autores, o QS é a base necessária para que as outras Inteligências (QI e QE) operem de modo eficiente. O QS tem um poder de transformação que o diferencia das outras Inteligências, indo além da capacidade intelectual e emocional do indivíduo. Segundo os autores, o QS é a inteligência que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto QS implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. Ter ou desenvolver inteligência espiritual aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos, é uma inteligência que nos impulsiona e está ligada à necessidade humana de ter um propósito de vida, respeitando os valores individuais e da sociedade que norteiam as ações da humanidade. O trabalho da Dra. Zohar tem sustentação em pesquisas científicas feitas ao longo da última década, nas áreas de neurologia, neuropsicologia e neurolingüística. Nos anos 90, o neuropsicólogo Michael Persinger e o neurologista Vilanu Ramachandran identificaram, no cérebro humano, nas conexões neurais nos lobos temporais, um ponto que aciona a necessidade humana na busca do “sentido da vida”. O ponto foi denominado “O Ponto de Deus”. Através de escaneamentos feitos com topografia de emissão de pósitrons, os cientistas mostraram que a área se iluminava toda vez que os pacientes discutiam temas espirituais. Segundo a Dra. Zohar, “o Ponto de Deus” mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, em busca de sentidos e valores mais amplos. O livro QS causou um grande impacto no mundo corporativo que, segundo a própria Dra. Zohar, “passa por uma crise de sustentabilidade”. O modelo adotado pelo mundo dos negócios, baseado no lucro imediato, gerou uma cultura corporativa desconectada de valores mais profundos. O impacto negativo desse modelo reflete-se tanto na devastação ambiental, resultante de uma exploração predatória dos recursos naturais do planeta, quanto em desequilíbrios físicos e psicológicos nos indivíduos que trabalham ou que de alguma maneira são afetados por esse modelo. “Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual”. O QS não tem relação direta com religião, é uma inteligência que nos direciona em momentos de impasse, quando nos deparamos presos nas armadilhas dos velhos padrões comportamentais, quando enfrentamos problemas com trabalho, sofrimentos emocionais ou doenças físicas. São nesses momentos que o QS nos mostra que temos problemas existenciais e fornece-nos pistas de como solucioná-los. Para os adeptos do desenvolvimento contínuo, o QS já é um conceito enraizado para ouPor Helena Ribeiro 09/06 O conceito de inteligência tem evoluído de forma acelerada nos últimos tempos, onde, no início do século passado, começou a ser difundida a idéia do Quociente de Inteligência, como uma espécie de organização neural que permite ao homem pensar de forma lógica e racional. A expressão se popularizou quando foram desenvolvidos testes psicológicos, ou seja, “testes de inteligência” para aplicação em adultos, também conhecido como QI (Quociente Inteligência). Posteriormente, foram surgindo outras linhas de pesquisas contestando os testes de inteligência como sendo “únicos” medidores de níveis de inteligência, que se baseavam na premissa de que os mesmos mediam apenas as qualidades lógicas - matemáticas e lingüísticas, desconsiderando outras aptidões humanas. As pesquisas demonstraram que no âmbito profissional constatou-se de maneira prática que nem sempre os mais bem “dotados” intelectualmente eram os mais competentes para exercerem determinadas funções. E com isso, vários estudos e pesquisas foram realizados. Como resultado dessas pesquisas surgem, na década de 80, os conceitos do psicólogo e pesquisador norte-americano Howard Gardner, que propôs uma visão pluralista da mente, ampliando o conceito de inteligência única para o conceito de Inteligências Múltiplas (IM), abordando que a inteligência era composta de pelo menos oito diferentes habilidades naturais, entre elas: lógico-matemática, lingüística, interpessoal, intrapessoal, corporal-cinestésica, musical, espacial e naturalista - ambiental. Tendo em vista um vasto campo de estudo das inúmeras capacidades humanas, alguns autores descobriram outras inteligências que complementaram as IMs, até mesmo o próprio Gardner. As pesquisas de Gardner e seus seguidores continuaram e atualmente são conhecidos 11 tipos de inteligências diferentes. Em 1995, o psicólogo Daniel Goleman apresentou o conceito de Inteligência Emocional (IE) ou Quociente Emocional (QE), que englobou os dois conceitos de Gardner sobre o tema inteligência Intra e Interpessoal. Goleman foi o autor do livro Inteligência Emocional, editado em 1995 e que se tornou best-seller no mundo inteiro, sendo o defensor das emoções nas relações empresariais. Para continuar com seu trabalho, lançou mais dois livros: Trabalhando com a Inteligência Emocional e, em conjunto com mais dois autores, o O Poder da Inteligência Emocional – A Experiência em Liderar com Sensibilidade e Eficácia. Segundo Goleman, é o QE que capacita o ser humano a reconhecer os seus sentimentos, a lidar com suas emoções, adequando-as às situações e colocando-as a serviço de um objetivo. Reconhecendo as próprias emoções, o ser humano passa, conseqüentemente, a reconhecer as emoções do outro, criando inter-relações mais saudáveis. “Foram décadas de pesquisas realizadas em empresas de classe mundial, onde os pesquisadores afirmam que os líderes vibrantes que conseguem ressoar seu entusiasmo - independente do nível hierárquico - obtém a excelência não somente por meio de técnicas, dinamismo e inteligência, mas pela capacidade de estabelecer uma conexão emocional com os outros, utilizando suas habilidades de IE, com empatia, assertividade e autoconfiança”. Como resultado de milhões de anos de evolução, nossas emoções formam um sofisticado sistema interno de orientação, uma fonte valiosa de informações que nos ajudam na tomada de decisões. Um QE desenvolvido é de suma importância para o bom êxito profissional, ele nos dá capacidade de adaptação e é através dele que o QI se expressa. Baseado no crescimento da importância e da sensibilidade do QE, surgiu, no final da década passada, a Inteligência Espiritual, que está mudando a compreensão do processo de desenvolvimento do ser humano. Como as pesquisas não pararam, em 2000 a física e filósofa norte-americana Danah Zohar, em parceria com o psiquiatra Ian Marshal, publicaram o livro “QS – Inteligência Espiritual”. O livro fez emergir um novo conceito de inteligência: o “Spiritual Quocient” ou Quociente Espiritual (QS). Segundo os autores, o QS é a base necessária para que as outras Inteligências (QI e QE) operem de modo eficiente. O QS tem um poder de transformação que o diferencia das outras Inteligências, indo além da capacidade intelectual e emocional do indivíduo. Segundo os autores, o QS é a inteligência que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto QS implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. Ter ou desenvolver inteligência espiritual aumenta nossos horizontes e torna-nos mais criativos, é uma inteligência que nos impulsiona e está ligada à necessidade humana de ter um propósito de vida, respeitando os valores individuais e da sociedade que norteiam as ações da humanidade. O trabalho da Dra. Zohar tem sustentação em pesquisas científicas feitas ao longo da última década, nas áreas de neurologia, neuropsicologia e neurolingüística. Nos anos 90, o neuropsicólogo Michael Persinger e o neurologista Vilanu Ramachandran identificaram, no cérebro humano, nas conexões neurais nos lobos temporais, um ponto que aciona a necessidade humana na busca do “sentido da vida”. O ponto foi denominado “O Ponto de Deus”. Através de escaneamentos feitos com topografia de emissão de pósitrons, os cientistas mostraram que a área se iluminava toda vez que os pacientes discutiam temas espirituais. Segundo a Dra. Zohar, “o Ponto de Deus” mostra que o cérebro evoluiu para fazer perguntas existenciais, em busca de sentidos e valores mais amplos. O livro QS causou um grande impacto no mundo corporativo que, segundo a própria Dra. Zohar, “passa por uma crise de sustentabilidade”. O modelo adotado pelo mundo dos negócios, baseado no lucro imediato, gerou uma cultura corporativa desconectada de valores mais profundos. O impacto negativo desse modelo reflete-se tanto na devastação ambiental, resultante de uma exploração predatória dos recursos naturais do planeta, quanto em desequilíbrios físicos e psicológicos nos indivíduos que trabalham ou que de alguma maneira são afetados por esse modelo. “Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual”. O QS não tem relação direta com religião, é uma inteligência que nos direciona em momentos de impasse, quando nos deparamos presos nas armadilhas dos velhos padrões comportamentais, quando enfrentamos problemas com trabalho, sofrimentos emocionais ou doenças físicas. São nesses momentos que o QS nos mostra que temos problemas existenciais e fornece-nos pistas de como solucioná-los.
Para os adeptos do desenvolvimento contínuo, o QS já é um conceito enraizado para ou ...continua em artigo premium.