Enfim, chegou o evento que a comunidade nikkei – e também os não nikkeis – tanto aguardava. A 21ª edição do Festival do Japão – considerada a maior festa da cultura japonesa do mundo – acontece nesta sexta-feira, sábado e domingo (20, 21 e 22), no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo, cercada de expectativas. Motivos para isso não faltam. “O 21º Festival do Japão é muito complexo. Complexo pela extensão das coisas que estão contidas no Festival. Primeiro, é o 21º Festival, o que por si só já é algo grandioso. Com a entrada da celebração dos 110 Anos da Imigração Japonesa, se tornou ainda mais complexo porque, por se tratar de uma comemoração deste porte, tivemos que colocar conteúdos culturais para valorizar e enaltecer a data. Com a vinda da princesa Mako, então, se tornou ainda mais complexo. E nós ainda inventamos de fazer o Guinness Book”, explica o presidente do 21º Festival do Japão, Toshio Ichikawa, referindo-se à tentativa de entrar para o famoso livro dos recordes como o “Maior Mostruário de Pratos da Culinária Japonesa”.
“A soma disso tudo resultou em muito tabalho para os kenjinkais, que sempre têm reclamado da pouca participação dos jovens. Esse projeto foi um sacrifício adicional para as associações, que já teriam um trabalho a mais com os 110 Anos. Com o Guinness, surgiu um fato novo. Aos olhos dos brasileiros, pode não parecer algo muito importante, mas o Japão é o segundo maior mercado do Guinness. Então, para os japoneses, quando se fala em Guinness, já dá um certo salto de interesse. Com a vinda da princesa deu um salto ainda maior. E o resultado disso tudo será a vinda de mais de 200 representantes de 17 províncias japonesas, incluindo muitos governadores e presidentes de Assembleias Legislativas, além de jornalistas”, conta Ichikawa, lembrando que o desafio mobilizou, pela primeira vez, os 47 kenjinkais e motivou a criação de uma comissão especial, formada somente com o intuito de cuidar do projeto Guinness.
Confiantes – “A gente imaginou que fosse um trabalho um pouco mais fácil de executar. Mas não foi bem assim porque para tudo existe uma regra, como a estabelecida pela Vigilância Sanitária, que exige práticas de manipulação dentro de suas especificações”, conta o presidente, destacando que todos os 528 pratos que serão apresentados devem ser consumidos dentro do prazo de validade.
“Isso foi outra dificuldade para nós porque o tempo de validade de um prato em condições normais é de cerca de duas horas e nós vamos começar o desafio às 7 horas de sábado (21) e terminar por volta das 15 horas”, destaca Ichikawa, explicando que a solução que a comissão encontrou foi a utilização de “muitas geladeiras”.
“Em temperatura adequada, a validade dos pratos pode aumentar para seis horas ou até mais. Essa técnica foi uma técnica nova para nós, que também tivemos que reclassificar os pratos por categoria e não mais fazer a apresentação individualmente, como estávamos planejando. Com isso, vamos ganhar mais agilidade”, disse Ichikawa, afirmando que “estamos preocupados, mas muito confiantes”. “A hora que acender o pavio todos vão estar no ritmo”, prevê Ichikawa, afirmando que o espaço deste ano do festival está 20% maior em relação ao ano passado por causa da Arena 110 Anos (leia mais na página 4), palco da cerimônia oficial dos 110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil com a presença da princesa Mako.
“Isso foi outra dificuldade para nós porque o tempo de validade de um prato em condições normais é de cerca de duas horas e nós vamos começar o desafio às 7 horas de sábado (21) e terminar por volta das 15 horas”, destaca Ichikawa, explicando que a solução que a comissão encontrou foi a utilização de “muitas geladeiras”.
“Em temperatura adequada, a validade dos pratos pode aumentar para seis horas ou até mais. Essa técnica foi uma técnica nova para nós, que também tivemos que reclassificar os pratos por categoria e não mais fazer a apresentação individualmente, como estávamos planejando. Com isso, vamos ganhar mais agilidade”, disse Ichikawa, afirmando que “estamos preocupados, mas muito confiantes”. “A hora que acender o pavio todos vão estar no ritmo”, prevê Ichikawa, afirmando que o espaço deste ano do festival está 20% maior em relação ao ano passado por causa da Arena 110 Anos (leia mais na página 4), palco da cerimônia oficial dos 110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil com a presença da princesa Mako.
Princesa – Segundo ele, a princesa Mako deve chegar ao São Paulo Expo às 11h30 e permanecerá no local até às 14h30. Nesse período, Sua Alteza Imperial participará da cerimônia oficial na Arena 110 Anos, visitará a sala reservada para a tentativa de quebra do recorde – de onde deve observar o movimento do festival através de uma janela – e almoçará no local com as autoridades presentes. Do Festival do Japão, a comitiva da princesa Mako seguirá para o Parque do Ibirapuera, onde visitará o Memorial em Homenagem aos Imigrantes Pioneiros Falecidos e o Pavilhão Japonês.
Cara nova – “Todo esse interesse em torno do festival também aumentou os nossos custos, que deve ultrapassar a casa dos R$ 5 milhões. Por outro lado, surgiram muitas empresas novas interessadas em investir no evento”, diz Ichikawa, afirmando que “tudo isso deu uma cara nova para o festival”.
“As oficinas da área cultural foram deslocadas para a parte externa do pavilhão. Para nós, esse foi outro desafio. Não se trata de uma simples mudança, porque essas oficinas não podem se sentir desmembradas do festival. Ou seja, foi preciso fazer com que eles se sentissem parte integrante do Festival do Japão apesar de estarem fora do recinto. Para isto tivemos que desenvolver um projeto específico utilizando tsurus para fazer essa conexão. Acho que o resultado ficou muito bom e o aspecto, bastante interessante”, avalia Ichikawa, lembrando que isso exigiu um gasto adicional, “que não foi muito barato”.
“As oficinas da área cultural foram deslocadas para a parte externa do pavilhão. Para nós, esse foi outro desafio. Não se trata de uma simples mudança, porque essas oficinas não podem se sentir desmembradas do festival. Ou seja, foi preciso fazer com que eles se sentissem parte integrante do Festival do Japão apesar de estarem fora do recinto. Para isto tivemos que desenvolver um projeto específico utilizando tsurus para fazer essa conexão. Acho que o resultado ficou muito bom e o aspecto, bastante interessante”, avalia Ichikawa, lembrando que isso exigiu um gasto adicional, “que não foi muito barato”.
“Mas o ganho foi fantástico”, comemora Ichikawa, afirmando que a expectativa é receber um público 20% maior em relação aos anos anteriores. “Ou seja, este ano, se o tempo ajudar, devemos ultrapassar os 200 mil visitantes”, calcula, acrescentando que o aumento de público também fez crescer outra preocupação dos organizadores. “Desde o início tínhamos dito que, por ser 110 Anos, o público seria maior. No ano passado já tínhamos chegado a 59% de não nikkeis de acordo com uma pesquisa encomendada pelo Festival. Para isso temos que dar conforto para esse pessoal, principalmente na Praça de Alimentação, que é o carro-chefe do Festival do Japão”, diz o presidente, destacando que este ano o espaço reunirá estandes de 46 das 47 províncias japonesas – o mesmo número do ano passado. A única ausente nesta edição será a província de Kyoto. Em 2017 quem ficou de fora foi o kenjinkai de Tóquio.
Com o aumento de público, Toshio Ichikawa explica que procurou incentivar as associações a produzirem mais. Para isso, contou com a ajuda da Toyota, que disponibilizou seus conhecimentos do Toyota Production System (TPS), o sistema de produção desenvolvido pela Toyota Motor Corporation para fornecer a melhor qualidade, o menor custo e o lead time mais curto por meio da eliminação do desperdício. “Demos não um, mas dois passos à frente para aumentar a eficiência de produção”, garante o presidente do Festival, destacando que outra preocupação foi a de proporcionar mais conforto e comodidade para os visitantes.
Arquibancadas – “A gente quer fazer o público rodar mais na Praça de Alimentação. Para isso diminuímos pela metade o número de mesas com cadeiras. No ano passado tínhamos 500 mesas com quatro cadeiras. Este ano teremos 250. Compensamos isso colocando mesas e cadeiras em outros espaços disponíveis, como nos Pavilhões 7 e 8 e na parte externa, onde colocamos oito tendas com arquibancadas de 20 metros com três degraus, além de bancos e outras 60 mesas com guardas-sois”, antecipa Ichikawa, afirmando que, como novidade, nas arquibancadas foram instaladas tomadas para que os visitantes possam recarregar seus celulares. Além dessas áreas, o público poderá utilizar também a arquibancada do palco Branco e Vermelho para comer enquanto assiste aos shows.
Já consolidado no rol de grandes eventos da cidade de São Paulo – no mesmo patamar do Salão do Automóvel, por exemplo –, o Festival deste ano em particular também terá uma diferença muito grande em relação aos demais pelo uso de merchandising nas áreas externas. “Utilizamos muitos banners no estacionamento e na passarela até a entrada como se fosse um megaevento, o que nunca aconteceu. Considero que este ano teremos um evento muito diferente, em todos os sentidos”, avalia Ichikawa.
21º FESTIVAL DO JAPÃO
110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil
Data: 20, 21 e 22 de julho de 2018
20/07 – sexta – 12 às 21 horas
21/07 – sábado – 09 às 21 horas
22/07 – domingo – 10 às 18 horas
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, São Paulo
Ingressos: R$ 22 (antecipado e online), R$ 28 (bilheteria no dia) e R$ 14 (meia-entrada, APENAS na bilheteria, mediante apresentação de documento de comprovação)
Estacionamento no local (terceirizado) – R$ 45
Transporte gratuito do metrô Jabaquara, das 8 às 22 horas
110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil
Data: 20, 21 e 22 de julho de 2018
20/07 – sexta – 12 às 21 horas
21/07 – sábado – 09 às 21 horas
22/07 – domingo – 10 às 18 horas
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, São Paulo
Ingressos: R$ 22 (antecipado e online), R$ 28 (bilheteria no dia) e R$ 14 (meia-entrada, APENAS na bilheteria, mediante apresentação de documento de comprovação)
Estacionamento no local (terceirizado) – R$ 45
Transporte gratuito do metrô Jabaquara, das 8 às 22 horas
*Ingressos antecipados à venda nos pontos de vendas oficiais e pelo site, a partir de junho/2018.
* Entrada gratuita para crianças até 08 anos, mulheres acima de 60 anos e homens acima de 65 anos
* Meia-entrada apenas mediante documento de comprovação
* Entrada gratuita para crianças até 08 anos, mulheres acima de 60 anos e homens acima de 65 anos
* Meia-entrada apenas mediante documento de comprovação
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