Festival do Japão chega a sua 21ª edição e mira o Guinness Book
Considerado o maior – e melhor – evento da cultura japonesa fora do Japão, o Festival do Japão, que este ano chega a sua 21ª edição nos dias 20, 21 e 22 de julho, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center (zona Sul de São Paulo), pode conquistar um espaço no cobiçado Guinness Wolrd Records – o livro dos recordes com os mais variados tipos de feitos e façanhas reconhecidos internacionalmente. O desafio já está posto à mesa: preparar 500 tipos de pratos diferentes e entrar para a história como o “Maior Mostruário de Pratos da Culinária Japonesa”.
A ideia partiu do presidente da Comissão Organizadora do Festival, Toshio Ichikawa, a partir de uma premissa. “Há alguns anos a gente vem divulgando que o Festival do Japão é o maior e melhor festival de cultura japonesa fora do Japão. Ou seja, nós somos o maior em alguma coisa no mundo. Se nós somos os maiores, temos que provar que somos. Daí surgiu a ideia do Guinness”, disse Ichikawa, acrescentando que comentou o assunto com seu filho, Hélcio Yukio Ichikawa, que abriu um canal de conversação com o Guinness.
“Em 2017 abrimos a possibilidade do gerente regional do responsável pela América Central e América do Sul, do Guiness, Ralph Rannah, estar no Festival do Japão do ano passado”, conta Ichikawa, destacando que, durante os três que passou no local, devem ter impressionado o americano.
“Além da praça de alimentação, com a participação dos kenjinkais e das entidades assistenciais, outra coisa que deve ter impressionado foi a recepção aos patrocinadores organizada pelos kenjinkais. Com isso ele conseguiu bolar uma ideia de proposta de conquista do Guiness”, conta Ichikawa, lembrando que a proposta foi apresentada em agosto do ano passado e em dezembro o contrato estava assinado. Antes, porém, o projeto Guinness foi posto em votação.
Dos 47 kenjinkais, 28 foram a favor e 8 contrários ao desafio. “Mas o mais bacana é que, mesmo os que foram contra se colocaram à disposição para ajudar”, disse Ichikawa, que em fevereiro deste ano esteve em Miami em companhia do filho para uma visita ao escritório do Guinness. O objetivo era esclarecer algumas dúvidas.
A ideia partiu do presidente da Comissão Organizadora do Festival, Toshio Ichikawa, a partir de uma premissa. “Há alguns anos a gente vem divulgando que o Festival do Japão é o maior e melhor festival de cultura japonesa fora do Japão. Ou seja, nós somos o maior em alguma coisa no mundo. Se nós somos os maiores, temos que provar que somos. Daí surgiu a ideia do Guinness”, disse Ichikawa, acrescentando que comentou o assunto com seu filho, Hélcio Yukio Ichikawa, que abriu um canal de conversação com o Guinness.
“Em 2017 abrimos a possibilidade do gerente regional do responsável pela América Central e América do Sul, do Guiness, Ralph Rannah, estar no Festival do Japão do ano passado”, conta Ichikawa, destacando que, durante os três que passou no local, devem ter impressionado o americano.
“Além da praça de alimentação, com a participação dos kenjinkais e das entidades assistenciais, outra coisa que deve ter impressionado foi a recepção aos patrocinadores organizada pelos kenjinkais. Com isso ele conseguiu bolar uma ideia de proposta de conquista do Guiness”, conta Ichikawa, lembrando que a proposta foi apresentada em agosto do ano passado e em dezembro o contrato estava assinado. Antes, porém, o projeto Guinness foi posto em votação.
Dos 47 kenjinkais, 28 foram a favor e 8 contrários ao desafio. “Mas o mais bacana é que, mesmo os que foram contra se colocaram à disposição para ajudar”, disse Ichikawa, que em fevereiro deste ano esteve em Miami em companhia do filho para uma visita ao escritório do Guinness. O objetivo era esclarecer algumas dúvidas.
Comissão – A avaliação será feita no dia 21 de julho, das 7 horas ao meio-dia, durante o Festival do Japão, que este ano será palco também da celebração oficial dos 110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil, inclusive com a presença da princesa Mako e de aproximadamente 15 governadores de províncias japonesas, além de ministros e presidentes de assembleias.
No dia deverá estar presente a auditora do Guinness, Raquel Assis. Caberá ao Festival do Japão convidar quatro chefs que terão a missão de comprovar a origem dos pratos – se são realmente de origem japonesa – se são tradicionais e também se os ingredientes não estão em duplicidade – cada prato terá que ter pelo menos dois ingredientes diferentes (o que não vale para temperos).
“Eles usam como base uma espécie de caderno com os nomes dos pratos e os ingredientes”, conta Ichikawa, explicando que os chefes não provam, necessariamente, todos os 500 pratos, que devem ocupar uma bancada com 18m70 com oito degraus – quatro de cada lado. Uma orientação é para que todos os pratos sirvam duas pessoas pois a degustação é aleatória.
Tudo está sendo preparado por uma equipe formada por cerca de 20 voluntários que constituem a Comissão Guinness, montada especialmente para o projeto que, literalmente, vestiram a camisa.
Segundo Satiko Shibukawa Nawa, “temos muito que agradecer aos kenjinkais”. “De dois anos para cá fazemos uma recepção para os patrocinadores em que cada província contribui com dois pratos, o que já é difícil. Para entrar no Guinness não pode ser nada fácil, mas todos estão muito empenhados”, destaca.
No dia deverá estar presente a auditora do Guinness, Raquel Assis. Caberá ao Festival do Japão convidar quatro chefs que terão a missão de comprovar a origem dos pratos – se são realmente de origem japonesa – se são tradicionais e também se os ingredientes não estão em duplicidade – cada prato terá que ter pelo menos dois ingredientes diferentes (o que não vale para temperos).
“Eles usam como base uma espécie de caderno com os nomes dos pratos e os ingredientes”, conta Ichikawa, explicando que os chefes não provam, necessariamente, todos os 500 pratos, que devem ocupar uma bancada com 18m70 com oito degraus – quatro de cada lado. Uma orientação é para que todos os pratos sirvam duas pessoas pois a degustação é aleatória.
Tudo está sendo preparado por uma equipe formada por cerca de 20 voluntários que constituem a Comissão Guinness, montada especialmente para o projeto que, literalmente, vestiram a camisa.
Segundo Satiko Shibukawa Nawa, “temos muito que agradecer aos kenjinkais”. “De dois anos para cá fazemos uma recepção para os patrocinadores em que cada província contribui com dois pratos, o que já é difícil. Para entrar no Guinness não pode ser nada fácil, mas todos estão muito empenhados”, destaca.
Patrimônio – De acordo com Ichikawa, a ideia é que cada província faça, em média, dez pratos cada uma. “Estamos agora finalizando a fase de compilação de dados para checar todos os ingredientes para que haja uma padronização. Numa segunda etapa pretendemos convidar também alguns restaurantes”, revela, acrescentando que a meta é chegar a 550 pratos.
“Com os restaurantes, a ideia é dar mais visibilidade e mostrar que São Paulo é uma cidade cosmopolita tão importante no cenário internacional como capitais como Tóquio ou Nova York e que a culinária japonesa daqui tem um nível alto se comparada a esses grandes centros”, diz Ichikawa, que também tem conversado com o Consulado Geral do Japão em São Paulo.
“Procuramos o Consulado porque estamos mexendo com algo que pertence ao Japão, não pertence a gente. A culinária japonesa e a cultura gastronômica do Japão foram classificadas pela Unesco como Patrimônios Culturais Intangíveis da Humanidade. Se falharmos, vamos manchar a reputação dos japoneses. Por outro lado, se conseguirmos, parabéns para todos. E o Japão, que tem sido o segundo maior mercado do mundo para o Guinness – atrás apenas dos Estados Unidos – sabe da importância de conquistarmos o Guinness”, conta Ichikawa, afirmando que uma de suas tarefas tem sido a de sensibilizar os presidentes dos kenjinkais.
“Nossa meta não é ganhar apenas o certificado. Queremos estar nas primeiras páginas do livro. Com isso, seremos alguma coisa no mundo. Trata-se de uma oportunidade muito grande para criarmos valores para o futuro, de dizer que essa geração conquistou algo”, conta.
“Com os restaurantes, a ideia é dar mais visibilidade e mostrar que São Paulo é uma cidade cosmopolita tão importante no cenário internacional como capitais como Tóquio ou Nova York e que a culinária japonesa daqui tem um nível alto se comparada a esses grandes centros”, diz Ichikawa, que também tem conversado com o Consulado Geral do Japão em São Paulo.
“Procuramos o Consulado porque estamos mexendo com algo que pertence ao Japão, não pertence a gente. A culinária japonesa e a cultura gastronômica do Japão foram classificadas pela Unesco como Patrimônios Culturais Intangíveis da Humanidade. Se falharmos, vamos manchar a reputação dos japoneses. Por outro lado, se conseguirmos, parabéns para todos. E o Japão, que tem sido o segundo maior mercado do mundo para o Guinness – atrás apenas dos Estados Unidos – sabe da importância de conquistarmos o Guinness”, conta Ichikawa, afirmando que uma de suas tarefas tem sido a de sensibilizar os presidentes dos kenjinkais.
“Nossa meta não é ganhar apenas o certificado. Queremos estar nas primeiras páginas do livro. Com isso, seremos alguma coisa no mundo. Trata-se de uma oportunidade muito grande para criarmos valores para o futuro, de dizer que essa geração conquistou algo”, conta.
Legado – Para o vice-presidente da Associação Cultural e Recreativa Akita Kenjin do Brasil, Alfredo Makoto, “será um legado que deixaremos para as futuras gerações”. Hélcio buscou inspiração nas dificuldades geradas pela greve dos caminhoneiros. “Nunca imaginei passar por uma situação dessas, passar no supermercado e não encontrar o que a gente quer. Aí a gente fica imaginando como deveria ser no tempo das nossas batians, que vieram para uma terra estranha e sem dinheiro. Se por um lado essa situação nos deixa abatidos, por outro nos dá cada vez mais força porque essa geração nunca viveu período de dificuldade. O que estamos buscando é algo que nem os próprios japoneses tem, que é fazer a maior quantidade de pratos japoneses. O que buscamos, na verdade, não é só o recorde. Nosso objetivo é muito maior, é o sentimento intangível que a gente busca”, esclarece Helcio, lembrando ainda que “pela primeira vez, a culinária das nossas avós, passadas de geração em geração, finalmente serão documentadas para que não se percam”.
Princesa – “Nós estamos tendo a oportunidade de transformarmos, de fazermos algo inovador. A recompensa é que lá na frente vamos deixar um legado, que é o de sentirmos orgulho de sermos brasileiros descendentes de japoneses e termos dado essa contribuição”, diz Hélcio. “Não bastasse, é a primeira vez que os 47 kenjinkais estarão juntos. Lembra muito aquela foto das batians, com todos os filhos e netos. Para mim será um orgulho, os 47 kenjinkais juntos, num momento difícil. Não tem dinheuiro que pague”, conclui Hélcio.
Ichikawa aponta ainda outro motivo. Caso consigam êxito, o certificado será entregue pelo Guinness no mesmo dia. Ou seja, quando as autoridades japonesas, incluindo a princesa Mako, estiver visitando o Festival do Japão, já devem estar a par do feito. “Isso terá um valor inestimável. Vivemos um momento em que o governo está voltando suas atenções para a América Latina e o Caribe e, com essa conquista, a comunidade nikkei certamente será vista com outros olhos”, diz Ichikawa.
Fonte: Jornal Nippak
Ichikawa aponta ainda outro motivo. Caso consigam êxito, o certificado será entregue pelo Guinness no mesmo dia. Ou seja, quando as autoridades japonesas, incluindo a princesa Mako, estiver visitando o Festival do Japão, já devem estar a par do feito. “Isso terá um valor inestimável. Vivemos um momento em que o governo está voltando suas atenções para a América Latina e o Caribe e, com essa conquista, a comunidade nikkei certamente será vista com outros olhos”, diz Ichikawa.
Fonte: Jornal Nippak
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