Eletroforese de proteínas
eletroforese e imunofixação
Também chamado: Eletroforese de proteínas séricas; EPS; EFPS; Eletroforese de proteínas urinárias; EPU; EFPU; EFI
Nome formal: Eletroforese de proteínas; Eletroforese e imunofixação
O exame
- Como o exame é usado?
- Quando o exame é pedido?
- O que significa o resultado do exame?
- Há mais alguma coisa que eu devo saber?
Como o exame é usado?
A eletroforese é usada para identificar a presença de proteínas anormais, para comprovar a ausência de proteínas normais e para determinar que grupos específicos de proteínas estão aumentados ou reduzidos no soro. O exame é solicitado com frequência para detectar e identificar proteínas monoclonais – produção excessiva de um tipo específico de imunoglobulina. A eletroforese de proteínas com imunofixação é pedida para auxiliar a detectar, diagnosticar e monitorar a evolução e os resultados do tratamento das doenças associadas à presença desses proteínas anormais, incluindo mieloma múltiplo e algumas outras doenças relacionadas.
Normalmente, as proteínas são excretadas em quantidades mínimas na urina. Quando presentes em quantidades de moderadas a intensas indicam algum grau de disfunção renal e/ou produção anormal de proteínas. A principal razão para fazer o teste eletroforese de proteínas urinárias e imunofixação é investigar a produção de proteína monoclonal. Esta pode surgir tanto no soro quanto na urina, ou apenas na urina.
A eletroforese de proteínas urinárias também pode ser pedida como auxiliar no diagnóstico da causa e estimativa da gravidade da excreção proteica causada por lesão ou doença renal. Esse dano ou essa doença podem ser provocados por diabetes melito, inflamação crônica, doença autoimune ou câncer. A eletroforese geralmente não é necessária para avaliar perdas de leves a moderadas de proteínas causadas por quadros temporários, como infecção urinária e inflamação aguda.
Quando o exame é pedido?
A eletroforese de proteínas pode ser solicitada quando o médico investiga sintomas que sugerem mieloma múltiplo, tais como dor óssea, anemia, fadiga, fraturas inexplicáveis e infecções recorrentes. Também pode ser solicitada como complemento de outros testes laboratoriais alterados, como níveis anormais de proteínas totais e/ou de albumina, níveis elevados de proteínas na urina, níveis aumentados de cálcio e contagens baixas de glóbulos vermelhos ou brancos. A eletroforese com imunofixação geralmente é solicitada quando a eletroforese de proteínas revela a presença de uma banda anormal que pode ser uma imunoglobulina.
Uma vez que uma doença ou quadro clínico tenha sido diagnosticado, a eletroforese pode ser pedida a intervalos regulares para monitorar o curso da doença e a efetividade do tratamento.
A produção de proteína monoclonal pode ser provocada por uma gamopatia monoclonal de significado clínico indeterminado (MGUS). A maioria dos pacientes com MGUS evolui com curso benigno, mas devem ser monitorados regularmente, uma vez que alguns desses pacientes podem evoluir com mieloma múltiplo ao longo de alguns anos.
A eletroforese de proteínas séricas é solicitada quando os sintomas indicam doença inflamatória, doença autoimune, infecção aguda ou crônica, doença hepática ou renal ou algum quadro que leve a perda de proteínas. A eletroforese de proteínas é pedida quando se detecta proteína na urina ou quando o médico suspeita da presença da proteína monoclonal.
O que significa o resultado do exame?
A eletroforese de proteínas com imunofixação permite ao médico estimar grosseiramente a quantidade de cada proteína. O valor desse teste está nas proporções de proteínas e os padrões que criam no gráfico da eletroforese. O valor da eletroforese com imunofixação está na possibilidade de identificar a presença de um tipo particular de imunoglobulina.
Determinadas doenças ou estados clínicos podem estar associados à redução ou aumento em diversas proteínas séricas, como mostrado a seguir.
Albumina
Reduzida:
Reduzida:
- Desnutrição e disabsorção
- Gravidez
- Doença renal (especialmente síndrome nefrótica)
- Doença hepática
- Doenças inflamatórias
- Síndromes com perda proteica
Aumentada:
Alpha1 globulina
Reduzida:
- Enfisema congênito (deficiência de a1-antitripsina, uma doença genética rara)
- Doença hepática grave
Aumentada:
Alpha2 globulina
Reduzida:
Reduzida:
- Hipertireoidismo
- Doença hepática grave
- Hemólise
Aumentada:
- Doença renal (síndrome nefrótica)
- Doença inflamatória aguda ou crônica
Beta globulina
Reduzida:
Reduzida:
- Desnutrição
- Cirrose
Aumentada:
- Hipercolesterolemia
- Anemia ferropriva
- Alguns casos de mieloma múltiplo ou MGUS
Gamaglobulina
Reduzida:
Reduzida:
- Diversas doenças imunes genéticas
- Deficiência imune secundária
Aumentada:
- Ploclonal
- Doença inflamatória crônica
- Artrite reumatoide
- Lúpus eritematoso sistêmico
- Cirrose
- Dença hepática crônica
- Infecção aguda e crônica
- Imunização recente
- Monoclonal:
- Macroglobulinemia de Waldenström
- Mieloma múltiplo
- Gamopatia monoclonal de significado clínico indeterminado (MGUS)
- Mieloma múltiplo
- Gamopatia monoclonal de significado clínico indeterminado (MGUS)
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